Estimativas do instituto de pesquisa Citi Research indicam que a Netflix terá 262 milhões de usuários em uma década – 72% deles nos Estados Unidos. O aumento é generoso, se considerarmos os 118 milhões de usuários atuais.
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“A meta de preço de US$ 305 por ação implica que, em dez anos, a Netflix terá um total de 262 milhões de assinantes (72% de penetração nos EUA, 37% em outros mercados desenvolvidos e 21% em mercados emergentes)”, dizem os analistas Mar May e Hao Yan. Com esse nível de penetração, a gigante de streaming deverá ter uma receita média global por usuário de US$ 19 por mês.
Para crescer dessa forma, a Netflix terá que continuar a adicionar conteúdo de maneira agressiva, o que interfere no custo de aquisição. A Citi Research estima que a empresa gaste US$ 14,7 bilhões em 2018, US$ 16,5 bilhões em 2019 e US$ 17,5 bilhões em 2020 para adquirir e desenvolver novas séries e filmes. Esse orçamento chegará a cerca de US$ 20 bilhões em 2028.
Aumentar o número de assinantes deve transformar os atuais déficits financeiros da Netflix em números positivos até 2021. A consultoria diz que a companhia terá débitos de mais de US$ 3 bilhões em fluxo de caixa este ano, e mais de US$ 2 bilhões no próximo. O fluxo positivo deve chegar a US$ 4 bilhões em 2022, US$ 6,3 bilhões em 2023 e US$ 8,7 bilhões até 2024. No entanto, os grandes números ainda estão por vir. Em 2028, a Netflix deve ter US$ 17,2 bilhões em fluxo de caixa positivo.
Os grandes concorrentes da empresa são a Amazon, Hulu, Apple e os canais de TV por assinatura. O YouTube, do Google, também é um adversário de peso, uma vez que o conteúdo de vídeo se move, cada vez mais, para formatos digitais e online, incentivado pela tendência de direcionamento dos orçamentos de publicidade da TV para plataformas online.