Ações da Apple batem recorde e chegam a US$ 183,90

4 de maio de 2018

Alta foi causada pela compra de 75 milhões de papeis pela Berkshire Hathaway

As ações da Apple subiram para nível recorde hoje (4) , depois que a empresa de investimentos do bilionário norte-americano Warren Buffett, a Berkshire Hathaway, revelou que comprou mais 75 milhões de papéis da gigante da tecnologia no primeiro trimestre.

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O aumento da participação da Berkshire na Apple levava as ações da empresa de tecnologia de consumo a avançar 3,9% às 15h45 (horário de Brasília), para US$ 183,90.

“Se você olhar para a Apple, acho que ela ganha quase o dobro da segunda empresa mais lucrativa dos Estados Unidos”, disse Buffett à “CNBC”, que divulgou a notícia pela primeira vez ontem (3).

O comprometimento de Buffett com a Apple nos últimos dois anos surpreendeu muitos, dada sua aversão histórica a empresas associadas ao setor de tecnologia.

O investimento inicial da Berkshire na Apple foi pequeno, mas as últimas compras de participação elevaram a fatia para 240,3 milhões de ações, o equivalente a US$ 42,5 bilhões.

Em fevereiro, a Berkshire afirmou que a sua participação na Apple tinha crescido em 23% desde o final de setembro, para cerca de 165,3 milhões de ações.

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Recentemente, o bilionário vendeu um investimento que não foi bem-sucedido na IBM ao mesmo tempo em que estava comprando ações da Apple.

Buffett elogiou o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, e sugeriu que considera a gigante uma empresa de produtos de consumo, apesar de suas origens no Vale do Silício.

A Berkshire não faz uma grande aquisição há mais de dois anos e Buffett afirmou, em sua mensagem anual, que queria uma ou duas aquisições “enormes” fora da área de seguros para ajudar a reduzir o caixa de US$ 116 bilhões da Berkshire.

A compra de participação adicional na Apple resolve isso, apesar de Buffett preferir comprar companhias inteiras em vez de suas ações.

A Apple teve receita de US$ 61,1 bilhões no trimestre encerrado em março, ante os US$ 52,9 bilhões de um ano antes, e prometeu recomprar mais US$ 100 bilhões em ações.