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Contratada como parceira oficial, a gigante da nuvem Amazon Web Services (AWS) usará sua tecnologia de processamento de dados para entregar dados de maneira mais significativa para fãs e comentaristas do esporte. Cada carro de Fórmula 1 gera enormes quantidades de informações que as equipes usam para otimizar suas estratégias, e é esse banco de dados que a Liberty Media acredita que pode ser transformado em algo valioso para o público. Afinal de contas, este é um esporte que diz usar os big datas desde antes da existência do termo.
Os cientistas de dados estão usando 65 anos de históricos de corridas para treinar modelos de deep learning (aprendizagem profunda) que podem fazer previsões e dar aos fãs uma visão do motivo de uma equipe adotar uma estratégia específica. Com a tecnologia também será possível identificar a melhor momento para o pit stop.
Por meio da plataforma AWS, a Fórmula 1 será capaz de analisar dados em tempo real e dizer aos apaixonados pela modalidade, por exemplo, se um piloto está no seu limite de desempenho durante a corrida. O primeiro produto dessa parceria é o “F1 Insights”, que ajudou a informar os fãs durante o Grande Prêmio da Áustria no último final de semana.
As mudanças fazem parte de um impulso digital mais amplo do esporte que inclui revisão dos gráficos na tela e do site oficial, bem como o lançamento de uma plataforma de vídeo acima da média. Houve um foco renovado nas mídias sociais e uma nova marca foi introduzida no final da última temporada.
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A Liberty Global tornou as iniciativas digitais prioridade desde que adquiriu o esporte em 2016 e nomeou Frank Arthofer em maio de 2017 como diretor global de digital e novos negócios. “O momento certo de investir no digital foi há alguns anos, mas isso nunca aconteceu”, disse Ross Brawn, diretor esportivo da Formula One Management (FOM), em um evento no ano passado. “O gerenciamento da Fórmula 1 naquela época não estava convencido da oportunidade.”
Impulso da nuvem
A Fórmula 1 está em processo de passar da arquitetura local para a nuvem e, para um esporte com etapas em vários países nos cinco continentes, há benefícios práticos além da eficiência oferecida pelo recurso.
Para cada corrida, a organização da F1 precisa montar um centro de operações para abrigar o departamento de tecnologia da informação, o que inclui a transmissão global. Transferir parte desses ativos para a nuvem facilitará significativamente a vida dos organizadores, já que menos equipamentos precisarão ser deslocados durante as etapas. “Para as nossas necessidades, a AWS supera todos os outros provedores de nuvem, em velocidade, escalabilidade, confiabilidade, alcance global, comunidade de parceiros, abrangência e profundidade dos serviços de nuvem disponíveis”, diz Pete Samara, diretor de inovação e tecnologia digital da Fórmula 1. “Aproveitando o Amazon SageMaker e os serviços de machine learning (aprendizado de máquina) da AWS, agora podemos fornecer percepções e previsões poderosas aos fãs em tempo real.”
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No Reino Unido, a transmissão ao vivo é dividida entre a Sky Sports e o Canal 4. No entanto, a partir de 2019, a Sky se tornará a única detentora dos direitos de transmissão, o que significa que a Fórmula 1 desaparecerá da televisão aberta. O evento precisa ter uma presença visível para manter as equipes e os patrocinadores felizes e acredita que o digital é o caminho a seguir.