Produtos de limpeza naturais crescem 20% ao mês

24 de dezembro de 2018

Alex Seiber, fundador da Positiv.a

Muito bem explorado pelo setor de cosméticos e alimentos, o mercado brasileiro para produtos naturais e certificados oferecia poucas opções para quem procura itens de limpeza doméstica com esses atributos. Buscando conquistar esse consumidor mais engajado, o empreendedor Alex Seiber fundou em 2014 a Positiv.a, marca que desenvolve uma linha de produtos de limpeza com ingredientes naturais, livres de derivados do petróleo e hipoalergênicos.

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Os produtos são concentrados e têm como principal ingrediente ativo o óleo natural de laranja, fornecido por comunidades que cultivam a fruta dentro dos preceitos da agricultura orgânica. A marca também comercializa acessórios para limpeza, como buchas vegetais, panos para limpeza de algodão e um esfregão feito com redes de pesca retiradas do oceano, em um projeto social com pescadores de Santa Catarina.

“A ideia foi ofertar no mercado produtos que limpam a casa e também o meio ambiente. A aceitação foi grande
entre o público que consome produtos naturais, mas também entre pessoas com alergias, que têm crianças pequenas e animais de estimação”, diz Seiber, que investiu um capital próprio de R$ 750 mil para estruturar a Positiv.a.

Antes, já havia empreendido nos anos 2000 com a marca de cosméticos Empório Body Store, que depois foi vendida à rede inglesa de cosméticos naturais The Body Shop, hoje parte do grupo Natura. Após se desfazer do negócio, Seiber quis empreender no terceiro setor e fundou em 2013 a ONG Arcah, que promove a reintegração de moradores de rua na sociedade.

Com a Positiv.a, ele buscava um negócio que gerasse lucro, mas também impacto social e ambiental. Além da marca de produtos de limpeza naturais, cujas vendas crescem 20% ao mês – o que levou a startup a dobrar o time este ano, saindo de uma equipe de sete para 15 colaboradores – a Positiv.a também tem um braço de consultoria voltado para construções sustentáveis, que responde por 5% do faturamento.

Agora a empresa prepara a expansão de seus canais de comercialização, já que 80% das vendas são feitas pelo e-commerce da marca e os 20% restantes em lojas voltadas ao nicho dos produtos naturais, em um total de 55 pontos de venda. “Em 2019, queremos chegar às grandes redes varejistas e crescer organicamente”, diz o empreendedor.

Reportagem publicada na edição 62, lançada em outubro de 2018