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O divórcio
Em abril, Dow e DuPont anunciaram o fim do processo de separação da DowDuPont – a união das duas centenárias multinacionais do setor químico foi anunciada em 2015 e efetivada em 2017, dando origem ao maior conglomerado de produção de agrotóxicos e sementes do mundo, avaliado nos US$ 130 bilhões citados no início do texto. A fusão envolveu a troca de ações e um plano de corte de custos bilionário.
O casamento gerou uma filha, a Corteva, voltada ao setor agrícola (proteção de cultivos e sementes) e com escritórios regionais em Calgary (Canadá), Joanesburgo (África do Sul), Genebra (Suíça), Singapura e Barueri (Brasil). As ações ordinárias da Corteva começam a ser negociadas no dia 3 de junho na Bolsa de Nova York pelo preço inicial de US$ 26,50.
Claudia Jañez recebeu a Forbes no escritório em Alphaville (Barueri) ao lado de Zacarias Karacristo, presidente da DuPont Brasil. Formada em direito e com mais de 20 anos de experiência em empresas globais, ela vai intensificar a rotina de viagens pelas unidades espalhadas no continente, especialmente ao Brasil (sua base fica na capital mexicana), com a missão de “transmitir a nova cultura” da empresa. “A DuPont é uma companhia de 216 anos (82 no Brasil). Nessa trajetória enfrentou muitas dificuldades, muitas barreiras. Agora, depois de uma das maiores fusões da história de Wall Street, estamos prontos para sermos independentes novamente.”
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Claudia Jañez – No mesmo dia que foi anunciada a fusão, em dezembro de 2015, também foi anunciada a perspectiva de separação depois de atingidos os objetivos.
F: Quais eram esses objetivos?
Zacarias Karacristo – São duas empresas enormes no mundo inteiro, conglomerados que mantêm uma atuação muito forte em várias áreas de negócios: química, agricultura, ingredientes para alimentos… Daí veio a ideia da fusão – e também da separação –, já pensando em três negócios um pouco menores, mas bem mais focados, buscando mais agilidade em cada um deles. Nesse curto período, isso acabou resultando numa redução de custos da ordem de US$ 3 bilhões para o grupo.
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F – Qual é a expectativa da “nova” DuPont para o Brasil?
ZK – Nosso foco agora é juntar todo mundo – a parte de escritórios e de laboratórios de aplicação – no edifício novo [um prédio de 21 mil metros quadrados de área útil que deve ser concluído em 2020 a poucos quilômetros de distância do endereço atual, no município de Barueri, na Grande São Paulo]. Hoje temos vários laboratórios espalhados pelo Brasil. Eles estão ansiosos para trabalharem juntos.
CJ – Somos muito fortes no Brasil, especialmente no setor automotivo [fornecendo polímeros especiais, material que tende a ser mais consumido com o crescimento da frota de carros elétricos e híbridos, que procuram maior redução de peso]. Queremos seguir assim.
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