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Na prática, o acordo permitirá que usuários do Mercado Pago, braço de pagamentos do Mercado Livre, possam pagar compras nos cerca de 1,5 milhão de terminais da Cielo pelo país como se estivessem pagando com um cartão de crédito ou de débito.
Para a Cielo, maior empresa de meios de pagamentos do país, mas que vem perdendo margens há anos com a multiplicação de subadquirentes de cartões, o acordo permite ampliar as fontes de receita, uma vez que receberá todo o MDR, a taxa cobrada dos lojistas sobre pagamentos eletrônicos, gerado na transação com o usuário do Mercado Pago.
Nesse sentido, o acordo com o Mercado Pago já o 12º do tipo feito pela Cielo, que já inclui também nomes como o PicPay, do Banco Original, e as carteiras digitais do Banco do Brasil e do Bradesco, sócios controladores da Cielo.
Desde que começou a fazer essas parcerias, já neste segundo semestre, o número de pagamentos feitos com QR de parceiros ou do próprio Cielo Pay, lançado em outubro, chegou a 850 mil.
“Para nós é uma excelente oportunidade de ampliar receitas do nosso parque de terminais”, disse à Reuters a vice-presidente comercial da Cielo, Renata Greco. “É um modelo em que unimos as fortalezas de cada parceiro.”
No caso do Mercado Pago, o acordo permite que a companhia rapidamente ganhe capilaridade e dê vazão para que seus mais de 2 milhões de clientes possam usar de imediato o aplicativo da empresa para pagamentos em lojas físicas, permitindo que sua controladora, o Mercado Livre, maior portal de comércio eletrônico da América Latina, não tenha que investir no desenvolvimento de uma rede própria de POS.
Às 17h, a ação da Cielo caía 1% na B3. No mesmo instante, a ação do Mercado Livre na Nasdaq recuava 0,06%.
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