Ibovespa fecha em queda de mais de 1%

26 de novembro de 2019
Amanda Perobelli/Reuters

Ibovespa caiu 1,26%, a 107.059,40 pontos

O Ibovespa fechou em queda de mais de 1% hoje (26), com ações de bancos e da Petrobras entre as maiores pressões de baixa, em sessão de ajustes e contaminada pela forte valorização do dólar em relação ao real e por receios de atraso de reformas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,26%, a 107.059,40 pontos. O volume financeiro da sessão somou R$ 26,676 bilhões.

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No mercado de câmbio, o dólar chegou a bater máxima nominal recorde de quase R$ 4,28, com os investidores repercutindo declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, entre elas de que o câmbio de equilíbrio “tende a ir para um lugar mais alto”.

O dólar desacelerou após atuações do Banco Central, mas fechou com avanço de 0,59%, a R$ 4,2398, recorde de fechamento.

Além do efeito câmbio, o gestor sócio de uma gestora de recursos em São Paulo citou receios com o risco de atraso nas reformas, em meio a ruídos no ambiente político local.

Não ajudou o comentário de Guedes na véspera sobre a possibilidade de um novo AI-5 em caso de manifestações mais radicais no país. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, um dos principais articuladores da pauta econômica, disse que o ministro cria dúvidas sobre as intenções do governo.

Para o gestor Ricardo Campos, sócio-fundador da Reach Capital, a ausência de potenciais notícias benignas patrocina ajustes na bolsa paulista, com o desempenho do Ibovespa no acumulado do ano mostrando alta de mais de 20%.

“Na dúvida, melhor garantir do que correr o risco de estar exposto e sair algo negativo”, disse.

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Profissionais da área de renda variável também têm citado que o ambiente social mais tenso em diversos países na América Latina tem pesado sobre o sentimento dos investidores, principalmente estrangeiros.

Empresas brasileiras levantaram em 2019 o maior volume de recursos da década com ofertas de ações, mas ainda não houve sinais deste entusiasmo entre estrangeiros que sustentaram booms anteriores no país, principalmente pelo baixo crescimento econômico e temor em relação à polarização política.

Em Wall Street, o S&P 500 voltou a renovar máxima, embora com alta de apenas 0,22%, com investidores ainda atentos ao noticiário sobre comércio China-EUA, bem como a números e perspectivas de varejistas norte-americanas.

A sessão desta terça-feira também foi marcada pelo rebalanceamento semestral dos índices de ações MSCI Global no fechamento, com o MSCI Brasil incluindo a entrada dos papéis da Hapvida e a exclusão de M.Dias Branco, que não estão no Ibovespa.

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