Discussões sobre a mulher no empreendedorismo e marketing dominam 2º dia do Forbes Mulher

26 de novembro de 2019
DivulgaçãoForbes

Convidados do Palco Forbes Mulher por Fabiana Scaranzi discutem a situação de investimentos em startups no Brasil

Resumo:

  • O segundo dia do Palco Forbes Mulher mostrou as dificuldades das mulheres em conseguir investimentos para suas startups;
  • Um case de sucesso que marcou presença foi Gabriele Correa, fundadora e CEO do aplicativo Lady Driver;
  • Vanessa Brandão palestrou sobre como a Heineken se transformou em líder de mercado no Brasil.

O palco do Forbes Mulher, com apresentação de Fabiana Scaranzi, recebeu mais duas palestras na tarde de hoje (26) dando continuidade aos eventos exclusivos da Forbes na São Paulo Tech Week. Amanhã, o palco recebe os dois últimos debates da programação: sobre barreiras que mulheres devem superar no mundo dos negócios e sobre proteção de dados no mundo das startups. Ana Paula Assis, presidente da IBM América Latina; Paula Paschoal, diretora geral do Paypal Brasil; Claudia Sender, ex-presidente da Latam Airlines Brasil; e Clarissa Luz, sócia da Felsberg Advogados são as convidadas do dia.

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As inscrições para assistir aos painéis são gratuitas e estão abertas aqui

Como e quando captar investimentos para uma startup?

A primeira discussão abordou o papel feminino no mundo das startups e investimentos. Participaram Itali Collini, diretora de Operações da 500 Startups no Brasil, Gabriela Correa, fundadora e CEO do aplicativo de transporte Lady Driver, e Renato Fonseca, assessor da presidência do Sebrae.

O pitch de Itali foi focado em quais são os principais aspectos que qualificam ou não uma startup como um bom alvo de investimentos, na visão da empresa.

Segundo ela, é importante olhar para os fundadores e entender se o time que dirige o negócio pode fazer com que a marca alcance bons resultados. É essencial que os líderes tenham experiência com o problema que estão tentando resolver e que a composição seja harmoniosa e complementar.

Pensando no mercado, outro ponto ressaltado foi a velocidade com a qual a empresa erra e aprende com o erro. Itali lembrou também da importância dos contratos firmados entre investidores e startups, essencial para o futuro saudável dos negócios.

Os vieses inconscientes dos investidores, que são homens na maioria das vezes, receberam foco especial na apresentação. De acordo com Itali, quando vão fazer pitchs de suas startups, fundadoras mulheres recebem perguntas diferentes de homens, o que torna o convencimento mais complicado.

Um dos objetivos da 500 Startups Brasil, segundo Itali, é dar oportunidade para esse público: “Queremos repensar esses vieses e trazer mais mulheres para o mundo dos investimentos”.

Gabriela Correa subiu ao palco para falar sobre o próprio case de sucesso: o crescimento do aplicativo de transporte Lady Driver, que oferece corridas com motoristas mulheres, a fim de tornar a experiência mais segura para as passageiras.

A fundadora e CEO contou que a ideia para o aplicativo partiu de sua própria experiência ruim com um aplicativo de transporte comum, com um motorista homem. Gabriela identificou uma necessidade no mercado e, consequentemente, uma oportunidade.

O crescimento do aplicativo, segundo ela, aconteceu com naturalidade e serviu para mostrar o potencial que o mercado feminino pode oferecer: “Os números são ótimos, melhores do que muitos investimentos geridos por homens”.

Ela salientou que as mulheres não podem parar de lutar, independentemente da situação em que se encontrarem: “Já ouvi coisas horripilantes, questionando até se mulher sabia dirigir. É preciso ter resiliência”.

Para falar um pouco sobre a visão dos investidores, Renato Fonseca recebeu o microfone e declarou que “cada momento da história reflete a sociedade da época” para explicar um pouco da resistência masculina nesse sentido.

Ele fez questão de lembrar que, na experiência dele, gestões de startups com mescla entre os sexos são as que mais têm sucesso: “O futuro é de total diversificação e talvez dominação feminina”. Fonseca exaltou a facilidade com empatia e relações interpessoais das mulheres, uma grande vantagem no mundo empresarial.

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Falando de como o Sebrae participa e ajuda empresários, revelou que mais de 300 mil jovens já passaram por cursos da entidade sem fins lucrativos.

Para finalizar, ele mandou um recado para quem quer empreender: “Se você tem vontade, faça. Acredite que a maneira como você enxerga o mundo pode transformar a realidade”.

O case de sucesso da Heineken

No palco da Arena Forbes Mulher das 16h, a diretora de marketing da Heineken Brasil, Vanessa Brandão, abordou os segredos para uma marca consistente e favoritada no mercado. Hoje, o Brasil é o país que mais consome a marca de cerveja no mundo, mas nem sempre foi assim. Quando a Heineken chegou em solo nacional, em 2010, era enxergada como um produto internacional amargo que não se encaixava no ritmo brasileiro. Algumas pessoas ousaram dizer que, para funcionar, o produto teria de mudar.

“Você precisa dizer: eu acredito no que estou fazendo”, disse ela. Para a executiva, é preciso inserir seu pensamento inovador no mercado, assumindo riscos e colocando focos de evolução e crescimento. “Grandes conquistas não aparecem da noite para o dia”, adicionou.

A diretora também ressaltou a importância das colaborações e parcerias. Entre os destaques da marca, estão as relações com a UEFA Champions League, com o Rock in Rio e com a Fórmula 1. A última campanha com o campeonato de automobilismo aconteceu no início de novembro, contou com uma homenagem ao piloto Ayrton Senna e acabou se tornando um dos maiores cases da história da empresa. Para Vanessa, essas colaborações criam momentos, experiências memoráveis, e isso faz com que a marca se fixe no imaginário do consumidor como algo bom e inesquecível.

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“O consumidor vai pensar: uhul, só a Heineken faz isso.” Para ela, a tendência de “deixar marcas nas pessoas” é valiosa, tanto no quesito consumidores como com a equipe e os parceiros. As relações interpessoais acabam moldando a marca e a forma como ela é vista e é nesse ponto que se dá a relevância do contato e da aproximação humana. “Todo mundo conta”, finalizou.

Veja, abaixo, tudo que foi conversados pelos profissionais durante o palco Forbes Mulher:

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