MVP é uma versão muito embrionária de um produto ou conceito que fornece, aos empreendedores iniciantes, um feedback crucial usado para desenvolver e melhorar sua ideia. O empresário, autor e professor adjunto da Stanford University no departamento de ciência e engenharia de gerenciamento Steve Blank foi um dos primeiros a fazer uso do termo. Eric Ries, autor do livro “A Startup Enxuta”, também foi um dos pioneiros na adoção do vocábulo.
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E ele pode assumir várias formas, segundo o especialista: “De um produto ou serviço ao desenvolvimento da política da sua empresa de voluntariado, passando pela criação de uma nova agência do governo federal”.
Steve Blank lembra de uma situação em que um grupo de alunos de Stanford estava construindo um drone destinado a sobrevoar os campos agrícolas para medir o uso de água e fertilizantes. Os estudantes, que mais tarde desenvolveram o produto além da sala de aula, ficaram surpresos ao descobrir que a sugestão de Blank para um MVP era simples como uma planilha, que relacione os agricultores, seu mercado-alvo e os dados gerados pela pesquisa com drones. Eles poderiam usar essa planilha, explicou Blank, para avaliar se o produto seria ou não de interesse dos clientes em potencial. “Se você está pensando em construir um produto, pode cair na armadilha de pensar que um MVP é um protótipo dele”, diz.
Na realidade, um MVP pode ser um produto físico – a experiência do Google com seu primeiro protótipo do Google Glass é um exemplo disso. Mas não precisa ser algo que você possa segurar na mão ou ver à sua frente, e, em muitos casos, não deveria, garante o especialista.
Mas o professor Barry Nalebuff, da Yale School of Management, acredita que o melhor uso do conceito ainda é para a introdução de um produto físico. “Na minha opinião, o melhor tipo de pesquisa de mercado é quando os clientes tomam decisões com base em algo físico, que tem gosto, que é possível de manusear e que parece um produto real, e não propostas hipotéticas”, diz. “É também uma maneira muito mais barata e de baixo risco de introduzir um produto no mercado.”
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Ries enfatiza que as empresas devem estar preparadas para enfrentar os desafios da implementação de qualquer MVP – e um dos principais é calcular errado o interesse do cliente. “As empresas se concentram em produzir resultados que o cliente considera valiosos, mas isso pressupõe que elas já sabem quais atributos de um produto o consumidor perceberá como valiosos. Essas podem ser suposições arriscadas. Às vezes nem temos certeza de quem é o cliente.”
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