O ambiente existe desde 2018, mas começou apenas com a proposta de oficinas infantis. Foram as próprias empresas que enxergaram o potencial corporativo do local e começaram a entrar em contato com a Faber-Castell para reservar o espaço para reuniões. Carvalho acredita que essa procura foi fruto do lúdico criado pela disposição dos móveis, cores e objetos de criação “onde o lúdico não infantiliza, e sim está a serviço dos processos criativos”, ressalta.
Com a procura, uma luz se acendeu e a companhia começou a dar workshops. Com sucesso, mais de 10 marcas já passaram pela experiência, incluindo Heineken, LG, Carrefour e Mastercard. Além disso, a Faber-Castell formou mais de 15 turmas de cursos abertos para pessoas de diversas áreas.
Em um mundo cada vez mais tecnológico, as subjetividades humanas ganham valor. O que uma máquina não saberia fazer? Foi com essa pergunta que a criação de um “mindset” criativo se tornou essencial para o profissional do futuro (e do presente!).
Carvalho revela que o principal valor do workshop é fazer o profissional enxergar uma oportunidade, necessidade ou problema e chegar à solução de forma bem-sucedida. “A maior dificuldade deles é não ter esse processo de estruturação e ter uma ideia errônea de que criatividade é algo muito mágico, inalcançável…”, diz, ressaltando que na verdade “a criatividade é a matéria prima para os processos de inovação”.
Para ele, o valor de tudo isso está na problemática de risco e custo no desenvolvimento de um produto ou serviço. Assim, o estímulo de “técnicas de como podemos prototipar esses projetos e lançar esses produtos com mais assertividade”, podem ser o segredo do sucesso, revela Varkala.
Na última quinta-feira (9), a Forbes Brasil visitou o ambiente para acompanhar um workshop. Com cerca de 35 participantes, engenheiros químicos, professores, designers, gerentes e administradores deixam suas diferenças de lado para formar grupos com um objetivo em comum: agradar o cliente com seus produtos e serviços.
Samuel, da área de Design Thinking da Johnson & Johnson, trabalha com a criação de produtos no seu dia a dia e diz que é preciso treino para se manter ativo e fortalecido. “Isso para mim é um músculo”, revela. “Sempre participo de workshops para me manter treinado, além de conhecer gente nova e novas perspectivas”.
Em um passeio de cerca de quatro horas pelo caminho que liga as necessidades à solução, os participantes dizem encontrar nas cores e materiais uma proposta diferente e assertiva. Silvana, funcionária do Itaú, destaca a importância de se reinventar junto ao mercado e nunca se limitar. “Você é criativo mas pode ser limitado dentro do seu ambiente de trabalho. Trazer uma proposta lúdica, fora do cotidiano, é o que chama a atenção”, revela.
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