O coronavírus, que já infectou mais de 43.100 pessoas em todo o mundo e matou 1.018, ultrapassando o nível de gravidade observado no surto de SARS de 2002 a 2003, sem dúvida terá um efeito substancial no crescimento do PIB da China, tanto no primeiro trimestre como no ano todo de 2020.
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Com a economia chinesa hoje respondendo por cerca de 17% do PIB global, há uma crescente preocupação com o impacto que isso poderia ter na economia do mundo, visto que governos e empresas implementam mundialmente paralisações relacionadas a coronavírus e restrições de viagem.
O Moody’s Analytics e o Barclays estimam que o coronavírus deverá reduzir o PIB global em 0,3% em 2020, já a Oxford Economics prevê uma retração de 0,2% no ano.
Nos Estados Unidos, os economistas da Casa Branca ainda veem um impacto econômico do surto limitado, com uma redução esperada de 0,2% no crescimento da economia do primeiro trimestre, segundo o Washington Post. A JPMorgan diminuiu sua previsão de PIB do país no primeiro trimestre em 0,25%, o Goldman Sachs em 0,40% e o Moody’s em 0,45%.
Os especialistas também alertaram que o impacto do vírus poderia ser pior do que o impacto de 0,2% ou 0,3% que a maioria prevê, dependendo da gravidade da doença. Segundo um estudo do Banco Mundial, uma pandemia mais severa pode causar perdas econômicas equivalentes a quase 5% do PIB global –mais de US$ 3 trilhões– enquanto uma pandemia mais fraca, como a gripe suína de 2009, pode afetar em 0,5% o índice.
Embora recentemente o vice-presidente do Federal Reserve, Richard Clarida, tenha chamado o vírus de “coringa”, ele também disse que é improvável que ocorra algum dano duradouro à economia norte-americana se o problema for resolvido em um ou dois trimestres, segundo o “Washington Post”. O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, por exemplo, relatou que provavelmente terá apenas um impacto “mínimo” na economia do país. Como mostram os dados econômicos históricos, uma desaceleração causada por uma crise temporária geralmente precede um aumento nas ações à medida que o mercado se estabiliza.
“Acho que sabemos que haverá efeitos na China durante parte do primeiro semestre do ano, nos vizinhos mais próximos e nos principais parceiros comerciais”, disse Powell durante seu depoimento.
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