Plataforma de criptomoedas XDEX mira alta de pelo menos 30% na base de clientes em 2020

3 de fevereiro de 2020
Benoit Tessier/Ilustração/Reuters

Dados da Receita Federal mostram que, em outubro de 2019, os valores totais de criptoativos transacionados no país somaram R$ 2,1 bilhões

A plataforma de compra e venda de criptomoedas XDEX trabalha como uma meta de crescimento de pelo menos 30% para a sua base de clientes em 2020, afirmou o presidente-executivo, Cesar Tashiro, apostando na educação e na difusão de informações sobre o mercado como elementos para atrair novos investidores.

“Quanto mais a pessoa souber sobre o assunto, mais confiante se sentirá (para investir)”, disse Tashiro, sem detalhar o número de clientes atual da corretora, que tem entre seus acionistas a XP Controle e General Atlantic. Em linha com essa estratégia, a XDEX anunciou na semana passada curso online gratuito para iniciantes sobre bitcoin.

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Tashiro também citou um maior número de funcionalidades no aplicativo da XDEX como outro fator que deve garantir uma eficiência operacional maior e, assim, ajudar no aumento da base de clientes, conforme busca ganhar corpo em um mercado ainda desconhecido por muitos.

A XDEX mesmo se considera ainda uma startup, tendo sido lançada em outubro de 2018. Apesar da proximidade com a XP e do ‘know-how’ dos seus sócios no mercado financeiro, não há compartilhamento de base de clientes, tampouco ações conjuntas. Tashiro afirmou que, pelo ranking do site “CoinMarketCap”, a XDEX ocupa a quinta posição em termos de volume transacionado no Brasil. O ticket médio do cliente é de R$ 2 mil.

No segmento de plataformas de negociação de criptoativos, a XDEX enfrenta nomes bastante conhecidos, como Mercado Bitcoin e Foxbit. Mas diferente das concorrentes, na XDEX os usuários só podem investir ou sacar em reais. Não é permitido que o cliente faça transferência de criptoativos, como bitcoin, para outras carteiras (wallets) ou exchanges.

Na visão do executivo, porém, não se trata de um fator impeditivo de crescimento. Ele ressaltou que o elevado padrão de controles internos no negócio facilita que aqueles com desejo de ter alguma exposição a criptoativos não tenham eventuais problemas de segurança em um mercado que tem registrado crescimento no roubo de moedas digitais diante da expansão dos volumes negociados.

A XDEX também não descarta crescer via aquisições ou parcerias, principalmente por parte de estrangeiros. “Tivemos algumas conversas… Eles estão muito à frente em relação ao Brasil, agregaria muito à estratégia da empresa”, afirmou, avaliando que o mercado brasileiro deve passar por consolidação.

Em entrevista recente à Reuters, a advogada e especialista no tema Thais Gobbi, sócia no escritório Machado Meyer, destacou que há investidores estrangeiros interessados em entrar no mercado de negociação de criptomoedas no Brasil, mas ainda há necessidade de normas regulatórias claras para esse tipo de operação.

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Dados mais recentes disponíveis no site da Receita Federal, do Ministério da Economia, mostram que, em outubro de 2019, os valores totais de criptoativos transacionados no país somaram R$ 2,1 bilhões, considerando operações liquidadas em exchanges brasileiras.

Desde agosto do ano passado, a Receita Federal passou a exigir que plataformas que negociam moedas virtuais reportem ao governo as informações sobre as transações de seus clientes, bem como que pessoas físicas notifiquem sobre negócios que superarem R$ 30 mil em um determinado mês.

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