O relatório comercial desanimador provavelmente reforçará os temores de que o crescimento econômico da China tenha caído pela metade no primeiro trimestre, para o nível mais fraco desde 1990, devido à epidemia e às severas medidas de contenção do governo que atingiram a produção industrial e afetaram a demanda.
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Isso comparado a uma queda de 14% sugerida por uma pesquisa da Reuters com analistas e um aumento de 7,9% em dezembro.
As importações caíram 4% em relação ao ano anterior, mas foram melhores do que as expectativas do mercado, de uma queda de 15%. Elas haviam aumentado 16,5% em dezembro, impulsionadas em parte por um acordo comercial preliminar com os EUA.
A China registrou um déficit comercial de 7,09 bilhões de dólares no período, ante um superávit esperado de 24,6 bilhões na pesquisa.
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A epidemia matou mais de 3.000 e infectou mais de 80.000 na China. Embora o número de novas infecções na China esteja caindo e os governos locais estejam relaxando lentamente as medidas de emergência, os analistas dizem que muitas empresas estão demorando mais para reabrir do que o esperado e podem não voltar à produção normal até abril.
Esses atrasos ameaçam provocar um impacto ainda mais longo e mais custoso nas economias dos principais parceiros comerciais da China, muitos dos quais dependem fortemente de peças e componentes fabricados na China.
As importações de soja nos primeiros dois meses de 2020 aumentaram 14,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, devido à liberação alfandegária de cargas para os EUA, compradas durante uma trégua comercial no final de 2019.
Após meses de tensões e aumentos de tarifas que perturbaram o comércio bilateral, as duas maiores economias do mundo fecharam um acordo comercial provisório em janeiro, que cortou algumas tarifas dos EUA sobre produtos chineses em troca de promessas chinesas de aumentar massivamente as compras de bens e serviços dos EUA.
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