Muitas dessas restrições, que incluem a proibição parcial do deslocamento por um determinado período, visavam idosos, grupo com maior probabilidade de serem vítimas do vírus.
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Uma empresa, cujos produtos operam para manter o contato social durante um período de distanciamento físico, é a startup norueguesa No Isolation. O negócio, com sede em Oslo, foi fundado por integrantes da lista Under 30 2018. A atividade principal é a produção de robôs (chamados AV1) para crianças com enfermidades de longo prazo e telas parecidas com uma TV ou rádio antigo (chamada KOMP) para idosos que não fazem uso de smartphones ou tablets.
E foram exatamente os KOMPs que experimentaram um boom no cenário de isolamento e esforços para minimizar o contato físico, principalmente com idosos. A No Isolation vendeu quase 1800 unidades do produto em março e abril, contra 650 dispositivos vendidos no total no ano passado.
“A maior mudança que vimos está na mentalidade de nossos clientes”, diz Karen Dolva, cofundadora e CEO da No Isolation. “Antes da pandemia, muitas pessoas não tinham urgência na presença online da população de idade, mas agora reconhecem que precisam fazer de tudo para conectá-la digitalmente.”
O KOMP não possui tela sensível ao toque e aceitar uma chamada não exige nenhuma ação do usuário; o dispositivo simplesmente faz uma contagem regressiva de 10 segundos e, em seguida, a chamada começa automaticamente em áudio e vídeo bidirecional.
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De acordo com Karen, os dois recursos mais usados são o envio de fotos, principalmente dos netos para os avós, e a realização de videochamadas, na maioria das vezes do filho para os pais idosos. Antes do coronavírus, a média de videochamadas pelo KOMP era de duas por semana, agora são nove. A quantidade de fotos compartilhadas desde a pandemia aumentou de 11 para 18 no período de sete dias.
Lançado em 2018, mais de 3.300 KOMPs foram vendidos até o momento e estão disponíveis em cinco países: Noruega, Reino Unido, Suécia, Dinamarca e Holanda.
Karen Dolva e seus cofundadores se conheceram no StartupLab em Oslo e fundaram a empresa em 2015. O que os uniu foi a conclusão de que quase todas as ferramentas tecnológicas foram desenvolvidas para tornar pessoas eficientes mais eficientes ainda.
“Existe muita tecnologia interessante voltada para jovens e consumidores em massa. Levantamos a hipótese de que o grupo que fica fora dela continuará crescendo, a menos que alguém faça algo a respeito”.
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