A campanha “Stop Hate for Profit” começará a pedir às grandes empresas da Europa que se juntem ao boicote, disse Jim Steyer, executivo-chefe da Common Sense Media, em entrevista à Reuters ontem (28). Desde que a campanha foi lançada neste mês, mais de 160 empresas, incluindo a Verizon e a Unilever, firmaram compromisso para parar de comprar anúncios na maior plataforma de mídia social do mundo em julho.
LEIA MAIS: Unilever deixará de anunciar no Facebook e no Twitter nos EUA até fim de 2020
“A próxima fronteira é a pressão global”, disse Steyer, acrescentando que a campanha espera encorajar os reguladores da Europa a adotar uma postura mais rígida diante do Facebook. A Comissão Europeia anunciou em junho novas diretrizes para as empresas de tecnologia, incluindo o Facebook, enviarem relatórios mensais sobre como estão lidando com o fluxo de desinformação a respeito do coronavírus.
A campanha global continuará à medida que os organizadores seguirem pedindo que mais empresas dos EUA participem. Jessica Gonzalez, co-diretora executiva da Free Press, disse que entrou em contato com as principais empresas de telecomunicações e mídia dos EUA para pedir que participem da campanha.
Respondendo às demandas por mais ação, o Facebook reconheceu ontem (28) que tem muito a fazer e está se unindo a grupos de direitos civis e especialistas para desenvolver mais ferramentas para combater o discurso de ódio. O Facebook disse que seus investimentos em inteligência artificial já o permitem encontrar 90% do discurso de ódio antes que os usuários denunciem.
Dados da quinta edição de avaliação do Code of Conduct on Countering Illegal Hate Speech Online (Código de Conduta para Combater o Discurso de Ódio Ilegal Online, em tradução literal) promovido pela União Europeia, apontam que o Facebook recebeu a maior parte das notificações (2.348), seguido pelo Twitter (1.396), YouTube (464) e Instagram (109). Isoladamente, a plataforma comandada por Mark Zuckerberg possui o melhor desempenho ao avaliar as denúncias:as notificações são avaliadas em menos de 24 horas para 95,7% dos casos e 87,6% do conteúdo foi removido. “Temos mais trabalho para fazer e continuaremos trabalhando com grupos de direitos civis, GARM (Global Alliance for Responsible Media) e outros especialistas para desenvolver ainda mais ferramentas, tecnologias e políticas para continuar essa luta”. Finalizou o porta-voz da empresa na nota. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.