Com a compra de 123 lojas do Grupo Acerte, por valor não revelado, a gigante britânico-holandesa de bens de consumo amplia a aposta num ramo de negócios inaugurado no país em 2019, quando lançou serviço próprio da marca OMO para lavar e passar roupas em áreas comuns de condomínios residenciais.
A meta da Unilever é inaugurar a primeira loja da franquia com a marca OMO já no final de junho, na zona sul da capital paulista. Além da conversão das já existentes, a empresa pretende abrir outras pelos país em locais de grande circulação de pessoas, como shopping centers e hipermercados.
“A ideia é ter a maior franquia do setor no país nos próximos cinco anos”, disse à Reuters o vice-presidente de marketing da Unilever Brasil, Eduardo Campanella, adicionando que o plano contempla a possibilidade de multiplicar a rede de franquias em cerca de quatro vezes no período.
Segundo o executivo, a empresa viu na crescente preocupação do público com higiene, diante da pandemia, o momento certo para deslanchar aqui um plano global que entrou em marcha nos últimos anos, o de ampliar a exposição a negócios de cuidados pessoais e de produtos de beleza, que oferecem margens maiores, enquanto enfrenta crescente concorrência nos negócios de alimentos.
De quebra, a Unilever vê a entrada na franquia de lavanderias como oportunidade de expandir receitas pegando carona num nicho subexplorado no Brasil, um de seus principais mercados globais. A empresa detectou que atualmente apenas 4% dos lares brasileiros usam lavanderia especializada e tem expectativa de que esse nível suba para 30% em alguns anos.
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Nas contas do Sindicato Intermunicipal de Lavanderias de São Paulo (Sindilav), no Estado existem cerca de 5.225 lavanderias, das quais 4.225 domésticas e 1.000 industriais. Destas, 70% estão localizadas na capital paulista. No Brasil, a entidade estima que o setor conta com 8 mil lavanderias, das quais 6 mil domésticas e 2 mil industriais. O faturamento do setor no país estimado em 2018, segundo dado mais recente disponível na entidade, foi de R$ 5,98 bilhões, dos quais R$ 3,96 bilhões no Estado de São Paulo.
“É um piloto da Unilever que pode ser exportável”, disse. (Com Reuters)
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