Os decretos anunciadas ontem (6) que entram em vigor em 45 dias vieram após o governo Trump sinalizar nesta semana um maior esforço para eliminar aplicativos chineses “não confiáveis” das redes digitais dos EUA, chamando o WeChat, da Tencent Holdings, e o popular TikTok, da Bytedance, de “ameaças significativas”.
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“Os EUA estão usando a segurança nacional como desculpa e usando o poder do Estado para oprimir as empresas não norte-americanas. Isso é apenas uma prática hegemônica”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, em uma coletiva de imprensa.
A TikTok está sendo criticada por parlamentares dos EUA por questões de segurança nacional em torno da coleta de dados, à medida que cresce a desconfiança entre Washington e Pequim. A Reuters informou no domingo (2) que Trump deu à Microsoft Corp prazo de 45 dias para concluir a compra das operações da TikTok nos EUA.
“Estamos chocados com o recente decreto, que foi emitido sem qualquer processo devido”, disse a TikTok em um comunicado hoje, acrescentando que iria “buscar todos os recursos disponíveis” a fim de garantir que o Estado de Direito não seja suprimido.
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“Esta é a ruptura no mundo digital entre os EUA e a China”, disse James Lewis, especialista em tecnologia do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais com sede em Washington. “Com certeza, a China retaliará.”
“Estamos revisando o decreto para obter um entendimento completo”, disse um porta-voz da Tencent.
Trump assinou os decretos de acordo com a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, uma lei que concede ao governo amplo poder para impedir que empresas ou cidadãos dos EUA comercializem ou conduzam transações financeiras com partes sob sanção.
O secretário de Comércio, Wilbur Ross, identificará as transações cobertas depois que os pedidos entrarem em vigor em meados de setembro. (Com Reuters)
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