O gigante chinês do e-commerce, Alibaba, acaba de anunciar a venda de ¥ 3 trilhões (cerca de US$ 462 bilhões) em áreas de seus vários sites, no ano passado. A empresa bateu seu recorde nos últimos 10 dias antes do fim do ano fiscal, que acontece em março, disse o vice-presidente executivo, Joe Tsai. Estes ¥ 3 trilhões são o equivalente a três vezes o valor alcançado em 2012, posteriormente dobrado, em 2013.
Alibaba tem uma série e-commerce de eletrônicos, mas talvez ele seja mais conhecido pela plataforma de atacado entre empresas, bem como pelo site que vende direto ao consumidor, o Taobao.
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Colocando seus ganhos sob perspectiva, durante o “Singles’ Day” (uma espécie de “Black Friday” e “Cyber Monday”, mas chinesa), a empresa vendeu cerca de ¥ 91,2 bilhões (US$ 14,3 bilhões). Mais de 40.000 comerciantes fizeram parte disso, dando vida a um coletivo com mais de seis milhões de diferentes produtos. O desempenho em 2015 foi bastante superior ao do ano anterior, equivalente a US$ 9,34 bilhões. Em comparação aos valores da Cyber Monday americana, em 2014, chega a ser quase o triplo dos US$ 2,68 bilhões arrecadados.
Tsai complementou que parte do e-commerce do Alibaba contribui para a mais ampla revolução do comércio eletrônico da China. Dezenas de milhões de pequenas empresas emergiram e passaram a existir apenas no mundo virtual, onde atingem centenas de milhões de consumidores. A companhia estima que cerca de 12.000 artesãos de aldeias rurais da China alcançam o público em geral através do Taobao, mas ainda existem aproximadamente 600.000 aldeias que não têm alcance.
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Alibaba pretende ultrapassar o Walmart e tornar o seu negócio a maior rede de varejo do mundo. Se ele permanecer neste ritmo, não vai demorar muito para ultrapassar o conglomerado norte-americano, já que esta tem sido a meta principal da equipe desde 2013. As receitas do Walmart aumentaram gradativamente desde os últimos cinco anos, mas decaiu um pouquinho em 2016. Os valores alcançaram US$ 485 bilhões em 2015 e, em 2016, US$ 482 – encerrando o ano fiscal em fevereiro.
Além do e-commerce, Alibaba tem uma robusta e crescente infraestrutura de TI, a Aliyun. A companhia também comprou a Youku Tudou, em novembro do ano passado, uma versão chinesa do YouTube, por US$ 3,7 bilhões.