15 países com profissionais super qualificados

28 de janeiro de 2019
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A Coreia do Sul tem a maior parcela de super qualificação entre a força de trabalho nativa (59,6%)

Em muitos países desenvolvidos, uma parte considerável dos profissionais é super qualificada para seus empregos. A questão tornou-se cada vez mais comum nos últimos anos e é mais evidente em economias com mercados de trabalho competitivos. Embora isso possa resultar em efeitos positivos para algumas organizações, que contam com funcionários que desempenham muito mais e melhor do que lhes seria exigido, esse cenário também pode provocar expectativas salariais mais altas, menores níveis de satisfação e maiores chances de abandono de emprego. A definição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) da taxa de super qualificação está relacionada à parcela dos altamente qualificados que trabalham em um cargo de baixa ou média qualificação.

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Segundo o Statista, portal de inteligência de negócios e pesquisas de mercado, mais de um terço dos imigrantes altamente qualificados que trabalham nos países membros da OCDE tem conhecimento acima do necessário para seus empregos – a taxa exata difere significativamente entre os países.

Com exceção de Portugal, esta porcentagem é particularmente elevada em todo o sul da Europa, onde muitos imigrantes qualificados têm empregos de baixa e média qualificação. Mas não é exclusividade da região.

Grécia, Espanha e Itália são exemplos ​​de países do sul da Europa onde os estrangeiros têm uma taxa de qualificação muito maior do que a média da população nativa, com 60,7% contra 32% no primeiro caso, 53,6%
contra 36,9% no segundo e 51,7% contra 16,9% no terceiro.

A Coreia do Sul tem a maior parcela de super qualificação entre a força de trabalho nativa (59,6%). Nos Estados Unidos e no México, os trabalhadores nativos e estrangeiros têm a mesma probabilidade de serem qualificados demais para seus empregos. O mesmo ocorre com o Brasil, onde a diferença entre nativos e estrangeiros super qualificados não é muito grande – 21% x 16,5%.

Veja, na galeria de imagens a seguir, o percentual de trabalhadores nativos e estrangeiros de 15 países super qualificados para seus cargos (os dados coletados englobam profissionais de 18 a 64 anos com empregos de baixa ou média qualificação, segundo a ISCO):

1º. Coreia do Sul Nativos super qualificados: 59,6% Estrangeiros super qualificados: 74,5%
2º. Grécia Nativos super qualificados: 32% Estrangeiros super qualificados: 60,7%
3º. Espanha Nativos super qualificados: 36,9% Estrangeiros super qualificados: 53,6%
4º. Itália Nativos super qualificados: 16,9% Estrangeiros super qualificados: 51,7%
5º. Estados Unidos Nativos super qualificados: 35,6% Estrangeiros super qualificados: 36,6%
6º. Austrália Nativos super qualificados: 22,6% Estrangeiros super qualificados: 32,1%
7º. México Nativos super qualificados: 33,1% Estrangeiros super qualificados: 31,8%
8º. Reino Unido Nativos super qualificados: 23,4% Estrangeiros super qualificados: 31,6%
9º. Alemanha Nativos super qualificados: 16,2% Estrangeiros super qualificados: 31,4%
10º. França Nativos super qualificados: 20,7% Estrangeiros super qualificados: 30,3%
11º. Suécia Nativos super qualificados: 11% Estrangeiros super qualificados: 30,1%
12º. Polônia Nativos super qualificados: 19,5% Estrangeiros super qualificados: 30%
13º. Turquia Nativos super qualificados: 32,2% Estrangeiros super qualificados: 29,7%
14º. Países Baixos Nativos super qualificados: 15,5% Estrangeiros super qualificados: 22,2%
15º. Brasil Nativos super qualificados: 21% Estrangeiros super qualificados: 16,5%