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O tema é tão relevante que foi um dos principais temas do Fórum Econômico Mundial 2018, na Suíça. Alois Zwinggi, diretor geral do fórum e líder do Centro Global de Segurança Cibernética, chegou a dizer em Davos que “se queremos evitar uma era de escuridão digital, precisamos trabalhar mais para garantir que os benefícios e o potencial da Quarta Revolução Industrial sejam seguros para a sociedade”. Portanto, segurança cibernética (ou cybersecurity, no termo em inglês) é a palavra de ordem. E ultrapassa fronteiras. Líderes de grandes empresas globais estão constantemente em busca de mais e melhores sistemas de proteção de dados.
Para Rogério Reis, diretor de operações da Arcon, companhia de segurança da informação, chegamos a um estágio em que as empresas não têm mais a opção de se preocupar ou não sobre segurança digital. “É uma questão de sobrevivência. Sem cibersegurança não há como digitalizar uma companhia, e uma companhia que não é digital não sobrevive”, diz ele.
Segundo Reis, no Brasil, esse mercado tem crescido, mas não pela consciência de que é preciso ter uma estrutura mais segura para prevenir problemas, e sim em decorrência de experiências ruins já vividas pelas corporações. Ele compara a situação atual brasileira à de um comerciante que só decide colocar um alarme em sua loja depois de ela ter sido roubada. Uma exceção, diz o especialista, são empresas que prestam serviços para as áreas que exigem uma base de segurança sólida, como o setor financeiro. “Para fazerem certos negócios, essas companhias são obrigadas a tomar precauções – mas, mesmo assim, muitas vezes só vão até onde o compliance exige.”
CUIDADO COM O PRÓPRIO QUINTAL
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“As empresas ficam preocupadas demais com o externo, mas a maior parte dos problemas é causada por funcionários, seja por erro ou má intenção”, afirma o consultor. “Quem se lembra de tirar aquele ex-funcionário da rede de arquivos compartilhados? Muitas vezes, ao abrir as configurações, é possível ver que há diversas pessoas que nem são mais da empresa e continuam a ter acesso aos dados internos.”
Companhias envolvidas em vazamentos de dados, diz Lau, sofrem queda média de 8% no valor de suas ações no dia seguinte à descoberta de uma falha. “Os investidores interpretam que essas empresas não se mostram tão confiáveis”, explica o professor.
Uma lição básica é evitar ao máximo conectar-se a redes públicas. Ao compartilhar a mesma rede que você, alguém mal-intencionado consegue ter acesso a seu dispositivo, se ele não estiver devidamente blindado. A orientação é investir na rede 4G.
Para o coordenador da Fiap, o próprio carro pode ser fonte para roubo de informações. “Se você tem contatos na sua agenda que não devem ser revelados e os transfere para dispositivos smart do carro, qualquer um que tiver acesso a ele pode alcançá-los.”
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INVISTA EM ESPECIALISTAS
Não basta instruir e até monitorar seus funcionários se os sistemas usados pela empresa não possuem ferramentas de proteção adequadas. Rogério Reis orienta que as empresas comprem programas “security by design”, que já venham com as ferramentas de segurança necessárias. “Não se fala mais apenas em smart city, mas em safer city: se vai oferecer uma solução, tem de oferecê-la segura”, diz ele. “Ninguém vai comprar um carro que corre muito, mas não tem freio. Com TI, as pessoas não têm essa cultura”, afirma o COO da Arcon. “A empresa compra um sistema e tem de correr atrás para acrescentar os instrumentos necessários, como se você instalasse o cinto e o airbag só depois de usar o automóvel.” Ele avalia que esse modus operandi, comum nas companhias do Brasil, deixa o processo mais vulnerável e mais caro.
Já Fiss defende a contratação de empresas especializadas. “Neste ambiente de transformação digital, muitas vezes a área de tecnologia da informação vai a reboque. Por isso é importante ter um processo de governança – mas não dá para fazer isso sem as ferramentas especializadas.” Segundo ele, “uma hora vai haver vazamento. O importante é ter uma reação rápida. E em uma empresa grande, é preciso chamar um especialista”.
A PRIMEIRA REVOLUÇÃO
Começou em 1785, na Inglaterra, com o surgimento da máquina a vapor – o que mecanizou a produção.
A SEGUNDA REVOLUÇÃO
A TERCEIRA REVOLUÇÃO
A junção da eletrônica com a tecnologia de informação foi responsável pelo movimento de automação, em 1969.
A QUARTA REVOLUÇÃO
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