Fracassi imediatamente começou a falar com seus colegas para desenvolver engenharia reversa de uma versão impressa em 3D da peça oficial. Chamada válvula venturi, ela se conecta à máscara facial do paciente para fornecer oxigênio a uma concentração fixa. As válvulas precisam ser substituídas para cada paciente.
VEJA MAIS: Elon Musk diz que a Tesla está disposta a fabricar ventiladores hospitalares
À medida que o coronavírus se espalha globalmente, a escassez de suprimentos médicos se tornou um grande problema. Os fabricantes simplesmente não conseguem aumentar a produção de dispositivos médicos que salvam vidas com rapidez suficiente. A maior dificuldade ocorre com os ventiladores, mas as peças do respirador, como as da Itália, e até as simples zaragatoas nasais para testes são escassas. Enquanto isso, a tecnologia de impressão 3D, que permite o design digital de peças e a “impressão” delas de uma máquina que as cria camada por camada, é ideal para a fabricação de emergência, porque é rápida, barata e pode ser feita sem grandes fábricas.
Mas isso levanta questões, desde a qualidade dos produtos até as patentes detidas pelos fabricantes do dispositivo original. Normalmente, novas peças impressas em 3D precisam ser certificadas. Na Itália, diz Fracassi, as regras de emergência durante a pandemia de coronavírus permitiram que esse requisito fosse dispensado. “Eles disseram: ‘Sabemos que o produto que você trará nunca será o mesmo'”, diz Alessandro Romaioli, engenheiro da Isinnova, que projetou as válvulas impressas em 3D. A Isinnova ofereceu ao hospital em Chiari as válvulas gratuitamente; Fracassi diz que o custo para imprimi-las é de US$ 2 a US$ 3 cada uma. A Isinnova agora tem capacidade para produzir cerca de 100 peças por dia e está conversando com um segundo hospital na Itália sobre o envio das válvulas para lá também.
No entanto, questões legais e médicas impediram Fracassi de distribuir as peças mais amplamente, apesar de receber centenas de pedidos de válvulas impressas em 3D. Existem complexidades, porque os hospitais usam uma ampla variedade de respiradores, cada um com especificações técnicas ligeiramente diferentes, o que exigiria válvulas ligeiramente diferentes. Além disso, há a ameaça de um potencial litígio sobre patentes, conforme levantado pela Techdirt. “Não sabemos se algo está patenteado. Só esperamos que a fábrica possa fechar os olhos porque não pode produzi-la a tempo”, diz Fracassi. “É apenas para emergências.”
Fracassi diz que Isinnova agora está trabalhando para projetar outros produtos médicos que os hospitais precisam durante a pandemia de coronavírus. O primeiro é uma máscara. A startup criou um protótipo no início desta semana e o enviou ao hospital para testes, diz ele. “Estamos aguardando uma resposta e, se funcionar, estamos prontos”, diz Fracassi. “Então, todo hospital poderá fazer suas próprias máscaras.”
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias.