Mais importante, porém, são necessários líderes que demonstrem apoio consistente: que permaneçam engajados muito tempo depois que as manchetes não veiculem tanto o tema. Líderes como os que escolhi abaixo, cada um com um forte histórico de promoção da diversidade, no passado e no presente. Alguns adotaram pessoalmente políticas que apoiam pessoas de cor, outros estão mantendo um legado que começou décadas atrás.
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Veja a seguir dez CEOs e empresas que defendem a diversidade e a inclusão há anos e continuam agora:
1. Jide Zeitlin, Tapestry (Coach, Kate Spade)
Como um dos únicos quatro CEOs negros das empresas da Fortune 500, não é surpresa que Jide Zeitlin esteja comprometido com a diversidade. O conselho da Tapestry é composto de 40% de mulheres e 45% de não-brancos. No início deste ano, Zeitlin lançou um programa de treinamento de inclusão. Ele disse ao Yahoo! que o programa ajuda os funcionários da Tapestry a entender que seus colegas têm perspectivas diferentes, que ele chamou de “uma força autêntica”.
Nas palavras de Zeitlin: “Diversidade por si só não significa muito até você mudar a cultura da sua organização. Até que todo funcionário possa vir e realmente sentir que pode trazer seu verdadeiro eu para o trabalho, você não está revelando o potencial da sua força de trabalho.”
2. Matthew McCarthy, Ben & Jerry’s
A Ben & Jerry’s, famosa marca de sorvetes, está comprometida com a justiça social desde a sua fundação em 1978. A empresa já falou desde questões da justiça climática aos direitos dos refugiados, geralmente doando parte de sua receita para várias causas. Em 2016, anunciou publicamente seu apoio ao Black Lives Matter, muito antes de outras empresas terem a coragem de fazê-lo.
Nas palavras de McCarthy: “Os negócios devem ser responsabilizados por estabelecer metas muito específicas, especificamente para desmantelar a supremacia branca nas e através de nossas organizações. Você valoriza o que mensura. Você mensura o que valoriza. Se você não colocar metas em torno dessas coisas, elas simplesmente não acontecem”.
3. Marvin Ellison, Lowe’s
Como outro CEO negro de uma empresa da Fortune 500, Marvin Ellison priorizou a diversidade corporativa desde que assumiu seu cargo em 2018. Juntamente com o diretor de diversidade da empresa, ele lançou diversos grupos de recursos de negócios para trabalhadores sub-representados, incluindo aqueles que são negros ou mulheres. Cada grupo tem um patrocinador executivo “para promover uma competência cultural mais ampla e ganhar visibilidade entre a liderança da empresa”.
Nas palavras de Ellison: “Para superar os desafios que todos enfrentamos, devemos usar nossas vozes e exigir que a ignorância e o racismo cheguem ao fim. Este é um momento de nos reunirmos, de nos apoiarmos e, através de parcerias, começarmos a nos curar”.
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4. Mary Barra, General Motors
Nas últimas semanas, Barra mostrou-se fortemente contra o racismo, escrevendo em um e-mail para toda a empresa que “há uma grande diferença entre ver o que está errado e fazer o que é certo”. Nesse memorando, Barra prometeu ações: a GM está doando US$ 10 milhões para organizações que apoiam a inclusão e a justiça racial e está formando um Conselho Consultivo de Inclusão com o objetivo de se tornar “a empresa mais inclusiva do mundo”.
Nas palavras de Barra: “Vamos parar de perguntar ‘por que’ e começar a perguntar ‘o que’. O que vamos fazer? Neste momento, cada um de nós deve decidir o que podemos fazer (individual e coletivamente) para conduzir a mudança, que seja significativa e deliberada.”
5. Ramon Laguarta, PepsiCo
Ramon Laguarta, o atual CEO, mantém esse legado. Recentemente, ele comprometeu US$ 400 milhões em iniciativas que promovem os negros norte-americanos, incluindo o aumento da população gerencial negra da Pepsi em 30% até 2025, mais do que dobrando seus gastos com fornecedores negros e investindo US$ 20 milhões em comunidades negras. A subsidiária da PepsiCo, Quaker Oats, também anunciou que, após 130 anos, finalmente aposentará a marca Aunt Jemima.
Nas palavras de Laguarta: “Estamos comprometidos com este trabalho porque sabemos que a sociedade americana colocou um fardo desproporcional sobre os negros. Injustiça e desigualdade são problemas para todos nós, e todos devemos fazer nossa parte para derrotá-los”.
6. Roger Ferguson, TIAA-CREF
Após a morte de Floyd, Ferguson não fez declarações particularmente marcantes, talvez porque seus feitos durante os anos falem por si. Em um memorando para os clientes, ele escreveu que “a TIAA tem uma longa história de oposição ativa ao racismo em todas as suas formas, e nossa determinação está mais forte do que nunca”. Ele também anunciou o lançamento do “Be The Change”, um programa para “elevar nossa força de trabalho e nossas comunidades através do diálogo, educação e engajamento”.
Nas palavras de Ferguson: “Falando por mim como membro do conselho, é realmente importante que a cultura da empresa seja aberta, inclusiva, amplamente diversificada, principalmente se você estiver interagindo com o público em geral. Ter uma população que entenda isso e seja solidária a todas as mudanças na sociedade é realmente importante”.
7. Julie Sweet, Accenture
Em uma nota recente aos funcionários, Sweet reconheceu que a empresa tem “muito mais a fazer” e disse que em breve anunciaria metas específicas para aumentar sua porcentagem de funcionários e diretores administrativos negros e latinos (metas que ela já tem em relação às mulheres). A empresa também está expandindo seu treinamento obrigatório de preconceito inconsciente com educação adicional contra o racismo.
Nas palavras de Sweet: “Eu não acho que seja algo tão complexo. Você primeiro precisa decidir se a diversidade é uma prioridade do negócio. Se for, você precisa tratá-la como uma prioridade de negócios. Você define metas, tem líderes responsáveis, mede o progresso e tem um plano de ação. Se você fizer essas quatro coisas, fará progressos”.
8. Kenneth Frazier, Merck
Durante a recente turbulência, Frazier foi um dos líderes empresariais negros mais importantes, dizendo à CNBC que George Floyd “poderia ser eu” e pedindo aos líderes empresariais que fechem a “diferença de oportunidades” existente entre norte-americanos negros e brancos. A Merck, no entanto, ainda não anunciou como vai contribuir para a causa.
Nas palavras de Frazier: “As pessoas divulgam declarações, divulgam banalidades, dizem que isso é terrível. A questão fundamental é: fazemos mais do que nos é pedido?”
9. Marc Benioff, Salesforce
Porém, como em muitas empresas de tecnologia, o Salesforce ainda tem um trabalho significativo a ser feito em sua própria equipe: apenas 1,5% de seus líderes e 2,9% de seus funcionários são negros. Assim, em 10 de junho, a empresa anunciou que acrescentaria “recrutamento” ao título de seu diretor de igualdade, com o objetivo de promover “uma lente inclusiva a cada etapa do processo de contratação, reforçando nosso esforço para construir um local de trabalho que reflita as comunidades que servimos.”
Nas palavras de Benioff: “Estamos em um ponto em que os CEOs reconhecem que simplesmente não podem pensar apenas em seus acionistas. Eles precisam levar em conta todas as partes interessadas, sejam as escolas, o meio ambiente ou a igualdade fundamental para todo ser humano”.
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Um ano após Josh Silverman se tornar CEO do marketplace Etsy, a empresa criou sua primeira equipe de diversidade e inclusão. Ele dirigiu um programa de orientação para funcionários negros e latinos e criou rubricas de avaliação para tornar o processo de contratação mais justo. Em um ano, dobrou o número de contratações de pessoas negras e latinas, a maioria dos quais eram engenheiros.
Em 2018, a empresa anunciou seu objetivo de dobrar a porcentagem de funcionários de grupos minoritários em sua força de trabalho até 2023. Como essa linha do tempo demonstra, o compromisso de Silverman com a justiça racial não foi meramente despertado pelas notícias do momento: a Etsy persegue a equidade racial há anos. Nos últimos dias, o site de comércio eletrônico também criou uma página dedicada às lojas comandadas por negros, e prometeu US$ 1 milhão para organizações de justiça racial.
Nas palavras de Silverman: “Não podemos lutar por pequenas empresas, se também não lutarmos pelo empoderamento dos empresários negros. Não podemos contratar e cuidar de nossos funcionários negros, se também não protegermos as vidas negras em todos os lugares”.
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