Mas as novas ferramentas da Microsoft vão competir diretamente com as oferecidas pela Twilio, a empresa de US$ 34 bilhões que, até agora, tem desfrutado da liderança no setor de serviços de comunicações baseados em nuvem, conhecido como Communications-Platform-as-a-Service. A Twilio detém atualmente 25% do mercado do setor, avaliado em US$ 4,2 bilhões em 2019, afirma Courtney Munroe, analista do IDC, que comenta que sua influência está crescendo 33% ao ano.
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“A Microsoft não é a primeira a entrar em nossa área e não será a última”, disse a porta-voz da Twilio, Caitlin Epstein, em um comunicado. “Respeitamos, mas não exageramos na concorrência, porque é muito mais importante focar nos clientes do que no comunicado à imprensa de outra empresa de tecnologia.”
Em uma entrevista, Scott Van Vliet, vice-presidente de comunicação inteligente da Microsoft, não discutiu o futuro do relacionamento da Microsoft com a Twilio, apenas comentou: “Esperamos que os clientes que procuram a Microsoft vejam que oferecemos uma das plataformas de nuvem mais confiáveis em grande escala”.
A Twilio diz que atualmente há cerca de 200 mil empresas corporativas que usam seus serviços de comunicação. Analistas afirmam que a empresa sediada em São Francisco construiu uma máquina de vendas que efetivamente ajudou a levantar o setor e apontam para sua receita crescente, que atingiu US$ 400 milhões no segundo trimestre deste ano. Como o setor de comunicações baseadas em nuvem é novo e ainda deve ser amplamente adotado em outras áreas como saúde e varejo, a posição de líder de mercado da Twilio permitirá que ela continue crescendo, acrescenta Ryan Koontz, analista da Rosenblatt Securities.
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Dependendo do sucesso do Azure Communications Services, um grande impulso competitivo no novo setor de software pode evidenciar o efeito da Microsoft em seus concorrentes menores. Durante o final do primeiro semestre, enquanto a Microsoft evitava o antitruste dirigido a seus rivais Google e Amazon pelos reguladores dos Estados Unidos, a empresa foi processada na União Europeia pela Slack, que alegou que a plataforma Teams violava tais leis. Desde o lançamento em 2017, o Teams ultrapassou o número de usuários da Slack, que atualmente conta com 12 milhões.
Com o setor de serviços de comunicação em nuvem ainda crescendo, os analistas não veem a ofensiva da Microsoft na Twilio como um jogo em que um perde e outro ganha, mas já percebem o amplo alcance da empresa. “Você começa a se tornar grande demais para falir, e é algo cada vez mais evidente: os pequeninos estão sendo caçados”, diz Ted Chamberlin, analista da Gartner.
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