8 dicas para enfrentar processos seletivos em tempos de inteligência artificial
Maria Laura Saraiva
26 de maio de 2021
Processos seletivos digitais e automáticos ficam cada vez mais comuns à medida que a relação candidato por vaga cresce no Brasil
Ver um anúncio interessante de emprego, anexar o currículo e esperar dias – ou até semanas – por uma resposta. Essa é a rotina de 14,4 milhões de brasileiros que estão em busca de uma recolocação atualmente, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com a pandemia em curso, a candidatura online virou a preferência da maior parte dos empregadores que encontraram nas plataformas uma maneira de otimizar o processo seletivo. Com tanta concorrência, entretanto, a saída encontrada pelo departamento de recursos humanos foi apostar na inteligência artificial.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados da RH Tech Gupy, companhias com mais de 5.000 colaboradores recebem, em média, 790 currículos por vaga, enquanto organizações menores recebem cerca de 280. Dentre essas centenas de e-mails, o candidato que não quiser passar batido pelo sistema automático de triagem deve fazer alguns ajustes no currículo, tornando-o mais claro e objetivo aos olhos das máquinas. “Um bom primeiro passo é buscar entender como os chamados recrutamentos inteligentes funcionam e, a partir disso, otimizar as informações do CV”, afirma Leonardo Berto, branch manager da Robert Half, consultoria de RH.
Ao contrário das seleções convencionais, onde uma equipe avalia individualmente cada candidato, o sistema inteligente lê currículos, cruza as informações dos testes técnicos e comportamentais e, por fim, gera um ranqueamento. De acordo com Tiago Mavichian, CEO da Companhia de Estágios, a IA é capaz de aumentar a assertividade entre empresas e profissionais em até 80%. “Ele leva para as próximas etapas da seleção candidatos que façam mais sentido para a cultura e valores do contratante. Cabe ao RH conversar com os candidatos e dar a palavra final sobre quem será ou não aprovado”, explica.
Portanto, se a ideia é receber o “match” do sistema, a melhor opção é remodelar o currículo para os novos tempos. Veja, na galeria abaixo, as dicas dos especialistas para aumentar as chances nos processos de seleção online: