Os Jogos Olímpicos do Rio mal acabaram, os de Tóquio em 2020 ainda estão muito distantes mas já tem muita gente discutindo o que vai acontecer em 2024.
A razão é a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos e as pretensões americanas de sediar os Jogos Olímpicos de verão em 2024 em Los Angeles, na Califórnia.
Em 2009 eles bateram na trave. O projeto de Chicago era um dos melhores e contava com o apoio da cidade, da mídia e de muitas celebridades. O Presidente Barack Obama e a superestrela da televisão Oprah Winfrey chegaram a voar até Copenhague, na Dinamarca, para apoiar a apresentação. No final, para a nossa alegria, o Rio de Janeiro foi escolhido como sede da Olimpíada de 2016.
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A escolha das cidades-sede acontece com sete anos de antecedência. A próxima acontecerá em setembro de 2017 em Lima, Peru. Apesar do bom trabalho da estreante Budapeste, a maioria dos analistas considera que a disputa será mesmo entre as outras duas cidades candidatas: Los Angeles e Paris.
A disputa será acirrada pois ambas tem muita tradição, influência política no Comitê Olímpico Internacional, são importantes centros de turismo e tem toda a infraestrutura necessária que dispensa os investimentos bilionários tão criticados em todas as últimas sedes. Los Angeles recebeu os Jogos Olímpicos em 1932 e 1984. Paris em 1900 e 1968.
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O ponto fraco de Paris é sua aparente vulnerabilidade na área de segurança. Nos últimos anos a cidade foi a principal vítima dos ataques terroristas. Será que o governo tem a capacidade de garantir a segurança de atletas e turistas? Os franceses acreditam que sim. A prova foi a bem-sucedida e recém realizada Eurocopa, um sucesso nos campos e nas ruas onde não houve nenhum problema com a segurança.
Los Angeles não tem nenhum grande problema. Ou melhor, não tinha até a semana passada. Com a vitória de Donald Trump muitos começam a questionar como suas posições radicais em temas raciais, religiosos, etc. influenciará a escolha.
A verdade é que da mesma forma que o popular Obama não foi capaz de levar os Jogos de 2016 para Chicago, é pouquíssimo provável que Trump influencie a escolha da futura cidade-sede dos Jogos de 2024.
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O Comitê Olímpico Internacional tem critérios bastante técnicos para definir os futuros anfitriões. Apesar da influência política ser um fator importante, há muitos outros que pesam mais na decisão como o apoio da população da cidade candidata, o potencial em atrair patrocinadores, interesse da mídia e fãs, além da competência em sediar eventos tão complexos como os Jogos de Verão.
Los Angeles e Paris têm excelentes chances. Budapeste corre por fora. A disputa ainda está aberta e tudo pode acontecer. Enquanto isso, os japoneses já tem quase tudo pronto para 2020.
Ricardo Fort (@SportByFort) é executivo de marketing internacional baseado em Atlanta, Geórgia
Ricardo Fort é um colaborador de FORBES Brasil. Sua opinião é pessoal e não reflete a visão editorial de FORBES Brasil.