Resumo:
- De acordo com um estudo da Microsoft, o ser humano só consegue se manter atento por oito segundos em média;
- Esse número apenas diminui ao decorrer dos anos, o que exemplifica a constante ansiedade e estresse em que estamos vivendo;
- Veja algumas dicas sobre como sair desse ciclo de tensão e relaxar sua mente.
Notou que ultimamente você tem a atenção de um peixinho dourado? De acordo com um estudo da Microsoft, o ser humano médio tem um tempo de atenção de oito segundos (sim, acredita-se que o do peixe dourado seja nove segundos). Há 20 anos, o número era de 12 segundos. Mais angustiante ainda é o fato de outra pesquisa constatar que o tempo de atenção humana diminui em 88% ao ano. A causa desse fenômeno? Os seres humanos são bombardeados com muita informação.
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Essa sobrecarga é um grande problema para a sociedade atualmente. A quantidade de novos conteúdos sendo criados e divulgados diariamente pela internet é esmagadora. Tanto que Mitchell Kapor, fundador da Lotus Development Corporation, que projetou o aplicativo Lotus 1-2-3, é citado por dizer que “obter informações da internet é como tomar água de um hidrante”. De acordo com a psicóloga e especialista em atenção Lucy Jo Palladino, PhD e autora de “Find Your Focus Zone: An Effective New Plan to Defeat Distraction and Overload” (algo como “Encontre Seu Foco: Um Novo Plano Eficaz para Combater a Distração e a Sobrecarga”), o problema pode causar esquecimento, fadiga e dificuldade de foco. Algumas fontes ainda estimam que seu cérebro toma até 35 mil decisões por dia, levando à estafa. O aumento do estresse e da ansiedade que sentimos ao tentar processar muitas informações no mundo hiperconectado de hoje é inegável.
Com o e-mail e as mídias sociais nos seguindo aonde quer que vamos, é mais importante do que nunca deixar nosso cérebro descansar. De acordo com Hortense le Gentil, autor livro “Aligned: Connecting Your True Self with the Leader You’re Meant to Be” (“Alinhado: Conectando Seu Verdadeiro Eu ao Líder que Você Deveria Ser”, em tradução em português), que ainda será lançado: “As pausas permitem que você se reconheça sua própria presença e se reabasteça. Isso por sua vez ajuda a ver em perspectiva, lembrar-se do seu objetivo e examinar se seus pensamentos, suas palavras e suas ações são congruentes”. Gentil oferece dicas valiosas para recuperar o espaço mental na vida diária, entrar em contato com sua intuição e permanecer conectado com seu eu.
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Gettyimages-Westend61 Aproveite a energia
O que lhe dá energia? Um dos clientes de Gentil aprendeu a respirar entre as reuniões, permitindo-se sentar um pouco e tomar um café no caminho de volta ao escritório. Como alternativa, talvez ouvir música por alguns minutos funcione. Outras opções incluem sair da sala para andar e limpar a cabeça, conversar com um amigo, escrever em um diário ou ler um bom livro.
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ReproduçãoForbes Pratique mindfulness
Uma maneira eficaz de reabastecer e recuperar o espaço mental é deixar o passado e o futuro para trás e permanecer no momento presente. Essa capacidade de voltar ao presente é conhecida como mindfulness ou atenção plena. Essa e outras formas de meditação são cientificamente comprovadas técnicas mais eficazes para recuperar a calma. É por isso que muitas empresas de tecnologia no Vale do Silício costumam iniciar reuniões com alguns minutos de silêncio. Dá a todos na sala a chance de limpar a cabeça e se concentrar. Mas, como qualquer outra coisa, ficar no presente é uma habilidade que requer prática. O Google começou a incentivar sua equipe a participar de treinamentos de meditação desde 2007, e a prática agora se estendeu para muito além do Vale do Silício e chegou a empresas tradicionais, como Goldman Sachs e General Mills.
Um dos clientes de Gentil cultivou a atenção plena indo pescar, concentrando-se no som do vento tocando nas árvores, na ondulação suave da água e na sua linha de pesca voando pelo ar. Outro optou por ouvir música, concentrando-se em cada instrumento e nas variações na voz do vocalista. Steve Jobs era famoso por estimular muito do seu pensamento criativo enquanto fazia caminhadas. As ideias intuitivas do inventor Thomas Edison chegaram até ele quando ele pairava entre o sono e a vigília. Albert Einstein e Salvador Dalí também vagavam regularmente entre o sono e a consciência plena, um espaço em que a parte linear e analítica de sua mente relaxa suas garras, permitindo que a intuição prospere.
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GettyimagesCaiaimageTom-Merton Medite
Já foi mostrado que a meditação resulta em profundas mudanças na estrutura do cérebro ao longo do tempo, fortalecendo áreas associadas ao controle emocional, memória, introspecção, atenção e pensamento abstrato. Quando seu cérebro faz uma pausa, ele não para de funcionar. Em vez disso, permite que muitos processos mentais ocorram. Isso abre espaço para a parte mais intuitiva da sua mente. Alguns de vocês podem estar suspirando agora. “Meditação? Sério?” Mas, antes de se visualizar vestindo um roupão e queimando incenso, saiba que a atenção plena não exige necessariamente que você fique sentado em posição de lótus por horas. Significa apenas estar presente, totalmente consciente do que você está fazendo, seja cozinhando, ouvindo música, andando ou olhando para o teto. Tudo que você precisa fazer é se concentrar em algo que não seja seus próprios pensamentos. Pode ser sua respiração, a paisagem ou sons ao seu redor.
Aproveite a energia
O que lhe dá energia? Um dos clientes de Gentil aprendeu a respirar entre as reuniões, permitindo-se sentar um pouco e tomar um café no caminho de volta ao escritório. Como alternativa, talvez ouvir música por alguns minutos funcione. Outras opções incluem sair da sala para andar e limpar a cabeça, conversar com um amigo, escrever em um diário ou ler um bom livro.
Pesquisas mostram que, mesmo quando relaxamos ou sonhamos acordados, o cérebro não diminui a velocidade nem para de funcionar. O tempo de inatividade cerebral, na verdade, restaura a atenção e a motivação, estimula a produtividade e a criatividade e é essencial para atingir nossos mais altos níveis de desempenho. Então, da próxima vez que você se sentir culpado por ficar sentado “sem fazer nada”, lembre-se de que está fazendo algo positivo para o seu cérebro.
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