É quase certo que a Câmara, controlada pelos democratas, votará pelo impedimento do presidente, o que pode acontecer já na próxima semana. Em seguida, um julgamento aconteceria no Senado, de maioria republicana, no início do ano que vem, pouco antes do pontapé inicial para a eleição presidencial de 2020, com as primárias de Iowa e New Hampshire.
A tentativa de retirar Trump do poder tem poucas chances de sucesso. Ao menos 20 senadores republicanos precisariam votar pelo impeachment, e até agora nenhum deles indicou que considera tal medida.
O pedido de impeachment acusa Trump de “trair” o país por meio de abuso de poder em um esforço para pressionar a Ucrânia a investigar um rival político e, após isso, obstruir a investigação do Congresso sobre o escândalo.
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O presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerrold Nadler, disse a repórteres que os democratas tiveram de agir porque Trump ameaçou a Constituição dos EUA, minou a integridade da eleição de 2020 e colocou a segurança nacional em perigo.
Seu painel pode tomar a dianteira das acusações a partir de quarta-feira, antes da votação por todo o plenário da Câmara.
“Nossas eleições são um pilar da democracia. A integridade de nossa próxima eleição está ameaçada por um presidente que já tentou buscar interferência estrangeira nas eleições de 2016 e 2020”, afirmou Nadler.
Trump nega qualquer irregularidade e qualificou o inquérito de impeachment como uma farsa.
“O presidente tratará destas acusações falsas no Senado e acredita que será totalmente inocentado, porque não fez nada de errado”, disse a porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham.
Depois que os artigos de impeachment foram anunciados, Trump tuitou “CAÇA ÀS BRUXAS!”.
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O republicano Richard Nixon, por sua vez, renunciou em 1974, antes de encarar o impeachment por seu envolvimento no escândalo do Watergate. Já o democrata Andrew Johnson teve o impedimento votado em 1868, mas não foi condenado pelo Senado.
Os democratas avançaram rapidamente desde que iniciaram o inquérito em 24 de setembro, reagindo à denúncia de um delator que mostrou preocupação com uma conversa telefônica de 25 de julho na qual Trump pediu ajuda do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, para investigar o ex-vice-presidente Joe Biden, um dos favoritos à indicação democrata para enfrentar Trump na eleição do ano que vem.
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