Antonio Camarotti, CEO e publisher da Forbes no Brasil, mediou o encontro, que contou com a presença dos cofundadores da Caliandra – empresa com soluções de saúde mental para pessoas e empresas -, Dr. Arthur Guerra, médico psiquiatra do Hospital Sírio Libanês, e Camila Magalhães, doutora em psiquiatria. Ao longo do evento, outros convidados trouxeram o seu expertise no tema: Maurício Ceschin, conselheiro da Mantris (empresa especializada em soluções de gestão de saúde e segurança ocupacional), Cristina Aiach Weiss, diretora regional de recursos humanos da Swiss RE, Fernando Ganem, diretor de governança clínica do Hospital Sírio Libanês, Nizan Guanaes, empresário e publicitário, e Roy Benchimol, presidente da Janssen Brasil, empresa da J&J.
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Para a médica psiquiatra Camila Magalhães, essa junção de profissionais no webinar foi essencial para que o assunto não fosse tratado de forma superficial. Afinal, a saúde mental está presente em todos os âmbitos da vida – e fortemente no campo profissional. “Mente e corpo são uma unidade. O problema pode não nascer no ambiente de trabalho, mas se manifesta por lá”, disse.
“Estamos quebrando esse muro de Berlim entre saúde assistencial e ocupacional. A visão tem que ser holística. Juntar as duas faz parte do novo modelo de saúde corporativa”, complementou Maurício Ceschin, conselheiro da Mantris. Essa mudança citada por Ceschin já está em trânsito há algum tempo, mas, se a pandemia acelerou tantas coisas, não seria nesse campo que ela nos pouparia de sua marca.
No momento atual, também não é possível falar de saúde psicológica sem citar a pandemia. O medo está presente nos profissionais de saúde, que estão na linha da frente do combate ao novo coronavírus, e na população, que se preocupa com os riscos da doença e da perda do emprego. Além disso, existe a solidão gerada pelo distanciamento social. “As relações humanas nos alimentam e a ausência nos cria angústia”, destaca Ceschin.
A tecnologia, por exemplo, é um avanço incrível, mas pode gerar vícios e inseguranças quanto ao posto de trabalho, visto que, assim como na revolução industrial, funcionários podem ser substituídos por máquinas. “Essa fase vai nos trazer possibilidades maravilhosas, porém, junto vem o desassossego por conta da disrupção dos empregos”, disse Guanaes. O novo normal é fonte de oportunidades e ansiedade. Uma dicotomia moderna que afeta diretamente a mente humana e gera a necessidade de “alfabetização” em relação aos novos costumes, ressaltou o publicitário.
E, para se alfabetizar nessa nova realidade, é preciso falar sobre ela, saber o que está acontecendo, preparar-se para as mudanças e entender que saúde mental é mais do que nunca um assunto que precisa ser tratado com naturalidade, nas empresas e na mídia. Webinars, palestras e debates são a peça-chave para a disseminação dessa compreensão. “A saúde mental precisa ser vendida como um valor, e não como um problema”, finalizou Nizan Guanaes.
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