Com o prolongamento da crise e o pico de mortes no país, em maio de 2021, ou seja, mais de um ano depois de os casos de Covid-19 começarem a ser relatados no Brasil, veio a ansiedade, o pânico.
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Raiva é uma das respostas ao trauma por que passamos. Essa é uma das possíveis explicações. Outra vem do cenário social e econômico difícil pelo qual o Brasil passa, com o aumento do desemprego, da fome, da informalidade, que traz a insegurança para o coração das famílias.
Será que essa montanha-russa de emoções se reflete também no ambiente de trabalho? Claro. Uma pesquisa recente feita no Brasil com líderes e liderados apontou que metade dos líderes (52%) se sentiu emocionalmente abalada com a pandemia. Esse percentual chegou a 60% entre os colaboradores. Entre os sentimentos mais presentes entre os líderes está o estresse e entre os liderados, o desânimo.
Esses números mostram o quanto o controle emocional é uma competência vista como muito importante por quem trabalha, independentemente do nível hierárquico, e o quanto parece faltar no ambiente de trabalho.
Equilíbrio emocional, evidentemente, é algo fundamental dentro e fora do ambiente de trabalho; porém, na vida profissional, nos ajuda a ter mais adaptabilidade, o famoso jogo de cintura. Essa é, por exemplo, uma das competências que as organizações buscam em seus profissionais.
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Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
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