Explico: a tecnologia está mudando a forma como trabalhamos, nos comunicamos e consumimos produtos e serviços. Por outro lado, somos seres humanos e acompanhar todas as evoluções e tendências tecnológicas não é uma tarefa fácil. Dominar, de fato, cada uma delas exigiria de nós uma capacidade de processamento tão boa quanto a de supercomputadores. É por essa razão que ter um time com a habilidade de aprender algo novo na prática, sem medo de errar e continuar testando é essencial para a cultura organizacional de uma empresa que quer ser ou se diz inovadora e disruptiva.
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Essa necessidade de ter uma cultura empresarial mais ágil e atenta às inovações também foi demandada por uma mudança em nossa sociedade. Percebo que até cerca de 20 anos atrás as empresas estavam orientadas a resolver problemas complicados. Agora, nós precisamos ter um modelo de trabalho para encontrar soluções para questões complexas.
Fabricar um carro há 30 anos, por exemplo, era complicado e demandava um time de engenheiros, designers e mão de obra para montar e apertar os parafusos. As indústrias se dividiam em departamentos, onde cada um era responsável por uma tarefa ou parte do automóvel. Agora estamos nos preparando para lançar veículos autônomos, algo bem mais complexo, que exige um time multidisciplinar, incluindo especialistas em inteligência artificial e ética, porque esse objeto será, na verdade, um computador com rodas que tomará decisões. Portanto, essa equipe deve estar integrada, sem espaço para silos.
Multidisciplinaridade e aprendizado na prática parecem ser a combinação ideal para uma cultura empresarial relevante na transformação digital, certo? Errado! Precisamos somar a essa equação outro fator de igual relevância: a diversidade. Ter pessoas em uma equipe com os mesmos background, habilidades e formação é como ter sempre a mesma visão ao olharmos para um problema. Nesse sentido, a diversidade tem um papel fundamental para as empresas conseguirem enxergar sob diferentes ângulos, como se fosse uma visão 360, sem pontos cegos. Não há mais como inovar sem diversidade.
Federico Grosso é general manager da Adobe para América Latina
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