A subsidiária latino-americana da Anheuser Busch InBev teve lucro líquido de R$ 1,211 bilhão, bem abaixo do consenso das estimativas compiladas pela Refinitiv, de R$ 2,5 bilhões.
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“O impacto total da pandemia de Covid-19 em nossos resultados futuros permanece bastante incerto, mas esperamos que o impacto nos nossos resultados do segundo trimestre seja materialmente pior do que no primeiro trimestre”, disse a Ambev no relatório de resultados.
Em abril, o volume de venda despencou 27%, disse a empresa.
No primeiro trimestre, a queda foi de 5,6% ano a ano, puxada principalmente pela redução de 9,1% nos volumes vendidos no Brasil, além de recuo de 13,5% na América Central e Caribe.
A fabricante das cervejas Budweiser, Corona e Stella Artois apurou ainda uma receita líquida de R$ 12,6 bilhões, 0,3% menor em relação ao primeiro trimestre de 2019.
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A despesa com vendas, geral e administrativa subiu 10,4% com pressão inflacionária na Argentina e maiores gastos de marketing no Brasil no Carnaval. Já o resultado financeiro veio negativo em R$1,54 bilhão, mais que o dobro de um ano antes.
A ação da companhia negociada na B3 caía 2,5% às 12:10 (horário de Brasília), acumulando queda de mais de 35% até agora em 2020.
“Nosso senso é que o desempenho do setor de cervejas no Brasil poderia ter sido ainda pior, com cerca de dois terços do consumo ainda no local”, escreveram os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin do BTG Pactual, acrescentando que planejam atualizar as estimativas para os resultados da Ambev.
A Ambev, maior cervejaria da América Latina e na qual a AB InBev detém participação de 61,9%, opera em 16 países, incluindo Argentina e Canadá.
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A receita da AB InBev, controladora da AmBev no Brasil, totalizou US$ 11 bilhões entre janeiro e março, ante US$ 12,22 bilhões no primeiro trimestre de 2019.
A AB InBev alertou que o impacto da Covid-19 nos resultados do segundo trimestre deverá ser “materialmente” pior do que nos primeiros três meses do ano.
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