A Ambev informou hoje (7) um tombo de 55,9% ano a ano no lucro do primeiro trimestre, conforme a pandemia do coronavírus derrubou os volumes de venda no Brasil, seu maior mercado, e as despesas financeiras mais que dobraram.
A subsidiária latino-americana da Anheuser Busch InBev teve lucro líquido de R$ 1,211 bilhão, bem abaixo do consenso das estimativas compiladas pela Refinitiv, de R$ 2,5 bilhões.
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A pandemia começou a afetar as operações da companhia em março, conforme governos restringiram a circulação de pessoas e decretaram o fechamento de bares e restaurantes, prejudicando a distribuição de bebidas. Alguns países, como Panamá, foram além e baniram o consumo de álcool.
“O impacto total da pandemia de Covid-19 em nossos resultados futuros permanece bastante incerto, mas esperamos que o impacto nos nossos resultados do segundo trimestre seja materialmente pior do que no primeiro trimestre”, disse a Ambev no relatório de resultados.
Em abril, o volume de venda despencou 27%, disse a empresa.
No primeiro trimestre, a queda foi de 5,6% ano a ano, puxada principalmente pela redução de 9,1% nos volumes vendidos no Brasil, além de recuo de 13,5% na América Central e Caribe.
O custo de produtos vendidos, por sua vez, aumentou 10,5% na mesma comparação.
A fabricante das cervejas Budweiser, Corona e Stella Artois apurou ainda uma receita líquida de R$ 12,6 bilhões, 0,3% menor em relação ao primeiro trimestre de 2019.
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A despesa com vendas, geral e administrativa subiu 10,4% com pressão inflacionária na Argentina e maiores gastos de marketing no Brasil no Carnaval. Já o resultado financeiro veio negativo em R$1,54 bilhão, mais que o dobro de um ano antes.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) encolheu 17,3% na comparação anual, para R$ 4,23 bilhões, mas veio acima da previsão de R$ 3,3 bilhões apurada pela Refinitiv.
A ação da companhia negociada na B3 caía 2,5% às 12:10 (horário de Brasília), acumulando queda de mais de 35% até agora em 2020.
“Nosso senso é que o desempenho do setor de cervejas no Brasil poderia ter sido ainda pior, com cerca de dois terços do consumo ainda no local”, escreveram os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin do BTG Pactual, acrescentando que planejam atualizar as estimativas para os resultados da Ambev.
A Ambev, maior cervejaria da América Latina e na qual a AB InBev detém participação de 61,9%, opera em 16 países, incluindo Argentina e Canadá.
A Anheuser-Busch InBev (AB InBev) divulgou que teve prejuízo líquido de US$ 2,25 bilhões no primeiro trimestre de 2020, revertendo lucro de US$ 3,57 bilhões apurado no mesmo período do ano passado, diante dos efeitos adversos da pandemia de coronavírus.
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A receita da AB InBev, controladora da AmBev no Brasil, totalizou US$ 11 bilhões entre janeiro e março, ante US$ 12,22 bilhões no primeiro trimestre de 2019.
A AB InBev alertou que o impacto da Covid-19 nos resultados do segundo trimestre deverá ser “materialmente” pior do que nos primeiros três meses do ano.
Por outro lado, a empresa citou sinais de recuperação na China, uma vez que as vendas em volume no país asiático tiveram queda anual de 17% em abril, bem menor do que o tombo de 46,5% registrado no primeiro trimestre. Já nos EUA, as vendas cresceram entre janeiro e março com o avanço do consumo por famílias. (Com Agência Estado e Reuters)
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