A atividade industrial dos Estados Unidos acelerou no início de abril, mas os produtores lutavam cada vez mais para obter matérias-primas e outros insumos, já que a reabertura da economia levou a um ‘boom’ na demanda doméstica.
A empresa de dados IHS Markit disse hoje (23) que seu PMI preliminar de manufatura dos EUA subiu para 60,6 na primeira metade deste mês. Essa foi a leitura mais alta desde que a série começou, em maio de 2007, e seguiu uma leitura final de 59,1 em março.
Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria para 60,5 no início de abril. Uma leitura acima de 50 indica crescimento da manufatura, que responde por 11,9% da economia norte-americana.
Mais da metade dos adultos norte-americanos receberam pelo menos uma dose de vacina contra a Covid-19, de acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, em português). Um terço dos adultos norte-americanos estão totalmente vacinados, assim como 26% da população em geral.
Isso, junto com o pacote de resgate em resposta à pandemia de US$ 1,9 trilhão da Casa Branca, permitiu um reengajamento econômico mais amplo, liberando uma demanda que estava reprimida.
Mas a forte demanda está sendo desafiada pelas restrições de oferta. A pandemia, agora em seu segundo ano, interrompeu o trabalho nas fábricas e seus fornecedores, causando uma escassez que está aumentando os preços das matérias-primas e outros insumos.
Uma medida dos preços pagos pelos produtores na pesquisa da IHS Markit saltou para seu nível mais alto desde julho de 2008. A empresa de dados atribuiu os preços mais altos dos insumos à “grave escassez nos fornecedores e aumentos acentuados nas taxas de transporte”.
O aumento contínuo dos custos dos insumos é um dos muitos fatores que devem levar a inflação acima da meta de 2% do Federal Reserve este ano. O chair do Fed, Jerome Powell, expressou confiança de que as cadeias de suprimentos se adaptarão e se tornarão mais eficientes, evitando que os preços permaneçam mais altos por um período sustentado.
LEIA MAIS: Vendas no varejo dos EUA saltam em março; pedidos de auxílio-desemprego têm queda
A medida de novos pedidos na pesquisa aumentou e, como resultado, as fábricas impulsionaram as contratações.
A melhora na atividade também se espalhou para o setor de serviços, que foi desproporcionalmente impactado pela pandemia. O PMI preliminar do setor de serviços da IHS Markit saltou para 63,1, máxima desde o início da série, em outubro de 2009, ante uma leitura final de 60,4 em março.
Segundo a empresa, o crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, foi impulsionado por “uma demanda mais forte dos clientes e pela reabertura de muitos estabelecimentos em meio ao afrouxamento das restrições”.
A força dos setores de manufatura e serviços impulsionou a atividade empresarial geral. O índice PMI Composto preliminar da pesquisa, que acompanha os setores de manufatura e serviços, subiu para 62,2. Esse também foi o resultado mais alto desde que a série começou, em outubro de 2009, e veio após uma leitura de 59,7 em março. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.