O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou hoje (13) que teve no primeiro trimestre lucro líquido de R$ 9,8 bilhões, montante 78% superior ao de um ano antes, com venda de participações e receita com crédito.
Falando a jornalistas, o presidente do banco de fomento, Gustavo Montezano, explicou que o lucro recorrente somou R$ 2,4 bilhões no período. Além disso, o BNDES não teve que fazer maiores provisões para perdas com inadimplência, uma vez que o banco ofereceu voluntariamente uma carência em pagamentos de empréstimos.
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As receitas com desinvestimentos incluíram a venda de fatias que o banco tinha em Vale e Klabin.
“Estamos amadurecendo a nossa estratégia de desinvestimentos e de posições financeiras meramente especulativas”, afirmou Montezano. O banco ainda teve um resultado positivo contábil de equivalência patrimonial de JBS de R$ 1 bilhão.
No conjunto, os ganhos com participações societárias somaram R$ 11,7 bilhões. Só com papéis da Vale, o ganho foi de R$ 9,5 bilhões.
Para Montezano, as vendas de participações seguem uma estratégia de reduzir a exposição a negócios de perfil financeiro e especulativo.
“É um desperdício alocar tantos recursos para fazer lucro financeiro”, afirmou ele.
Os desembolsos do BNDES no trimestre cresceram 35% ano a ano, a R$ 11,3 bilhões. O banco destinou 46% desse valor a micro, pequenas e médias empresas e 49% para infraestrutura.
A instituição devolveu no período R$ 38 bilhões em empréstimos tomados com o Tesouro Nacional e tem um saldo restante a pagar de R$ 116 bilhões. Desse total R$ 62 bilhões podem ser devolvidos até dezembro, com os R$ 54,2 bilhões restantes previstos para devolução em 2022. (Com Reuters)
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