A auditoria mostra como Pequim está tomando controle sobre a situação da Evergrande depois que a gigante imobiliária descumpriu prazos de pagamento de dois títulos internacionais, disparando uma reestruturação dos mais de US$ 300 bilhões em dívidas do grupo.
Pequim tem repetidamente garantido aos investidores que a situação está sob controle, mas ainda não indicou como planeja estabilizar a companhia, que na semana passada foi colocada em situação de “default restrito” pela agência de classificação de risco Fitch depois que não pagou US$ 82,5 milhões em cupons de dívidas.
Representantes de entidades estatais que estão atualmente no comando de um recém-criado comitê de gestão de risco na Evergrande e as descobertas anteriores das autoridades mostram que a crise de liquidez da imobiliária é mais complicada do que o esperado, afirmou uma das fontes.
“Atualmente, não há pressa de lançar qualquer plano de venda de ativos”, disse uma fonte próxima das autoridades, se referindo à possíveis desinvestimentos que vão desde a unidade de gestão de imóveis a um braço de produção de veículos elétricos.
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Hui, 63, fundador da Evergrande e que atualmente detém cerca de 60% de participação na empresa, tem liberado recursos com a venda de ativos de luxo que incluem três casas de alto padrão, além de obras de arte.
A Forbes estimou em setembro que Hui recebeu US$ 8 bilhões de dividendos em dinheiro desde que a Evergrande estreou no mercado de ações em 2009, embora o valor atual de sua fortuna atual não seja conhecido.