O saldo do crédito ficou em R$4,671 trilhões no mês passado, correspondente a 53,3% do PIB (Produto Interno Bruto), estável na comparação com dezembro.
No período, o crédito para as empresas caiu 1,5%, refletindo queda sazonal da demanda por linhas como desconto de duplicata e antecipação de fatura de cartão, com maior peso. Já o crédito às famílias aumentou 1%, mesmo com a nova alta da taxa média de juros, que chegou a 29,5% para as pessoas físicas, ante 28,6% no mês anterior.
Considerando apenas o crédito livre, em que as taxas são pactuadas sem a interferência do governo, a inadimplência também aumentou 0,2 ponto percentual, para 3,3%, primeiro acréscimo desde novembro.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, ponderou que, apesar das variações, as taxas de inadimplência seguem “extremamente baixas”. “Isso é um primeiro aumento depois de vários meses estáveis, a gente não sabe se isso é um ponto ou alguma reversão de trajetória”, afirmou.
Os dados do BC mostraram, ainda, que o endividamento das famílias bateu novo recorde em novembro, chegando a 51,9%, de 51,2% em outubro. O dado compara o saldo das dívidas das famílias com a renda acumulada em 12 meses, informação fornecida pelo IBGE com defasagem. Já o comprometimento da renda com o pagamento do serviço da dívida ficou estável em 27,9%.