“Queremos complementar nossos serviços oferecendo uma plataforma de investimentos acessível para a nossa base, que tem um perfil conservador e exige produtos mais simples”, disse Túlio Oliveira, vice-presidente e country manager do Mercado Pago no Brasil, em coletiva de imprensa na quinta-feira (24).
A fintech já oferece o cardápio básico: conta digital grátis remunerada a 100% CDI, cartão de crédito e algumas opções de empréstimos. A empresa quer aumentar a oferta de produtos de investimentos e escolheu começar a empreitada pelos CDBs.
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O público alvo são os investidores iniciantes, mantendo o foco da fintech em educação financeira.
“Queremos estimular nossos clientes a guardarem dinheiro com rendimentos maiores que os da poupança”, diz Ignácio Estivariz, head de carteira digital do Mercado Pago, em entrevista à Forbes.
Apesar do foco no público iniciante, a empresa espera que investidores mais sofisticados que já usam o Mercado Pago aproveitem a conveniência da plataforma unificada e também a elejam para aplicações em renda fixa.
Além dos CDBs, o Mercado Pago planeja o lançamento de mais ativos a partir do segundo semestre do ano, incluindo produtos de maior risco. A ideia é ter uma oferta enxuta, mas diversificada o suficiente para que os clientes possam se expor a ativos variados.
A fintech já estabeleceu parcerias – com a Órama, por exemplo –, mas não descarta a possibilidade de ter plataforma própria. “O perfil da empresa sempre foi desenvolvedor”, afirma o country manager Túlio Oliveira.
A instituição de pagamentos passou a aceitar compra, venda e custódia de bitcoin, ethereum e pax dólar (uma stablecoin lastreada em dólar) em dezembro do ano passado. Desde então, 1 milhão de usuários já utilizaram os serviços.
Todos os investimentos da plataforma – de cripto a CDBs – têm valor mínimo de apenas R$ 1.
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O Mercado Livre continua sendo, naturalmente, uma porta de entrada para o banco digital. No entanto, o Mercado Pago, atualmente com R$ 4,5 bilhões em carteira, pretende depender cada vez menos da empresa-mãe – o que também explica o esforço para ampliar a oferta de produtos e serviços.
“O bom de ter dois mundos é que um alimenta o outro”, diz Oliveira. “Mas enquanto o e-commerce representa apenas de 10% a 11% do varejo, o mercado financeiro oferece voos mais altos.”