O centro, inaugurado em Cajamar (SP), recebeu investimentos de R$ 35 milhões em sua infraestrutura física e deveria ter sido inaugurado em abril, não fosse a chegada da pandemia de Covid-19. O valor do investimento total não foi revelado.
“Queremos reduzir o tempo de resposta das necessidades do mercado e achamos que poderemos diminuir em cerca de 30%”, disse a vice-presidente de marca e inovação da Natura, Andrea Alvares, em videoconferência com jornalistas latino-americanos.
Segundo ela, atualmente a Natura obtém 60% de seu faturamento com produtos lançados nos últimos 24 meses, algo que a empresa pretende manter nos próximos anos. “[Com o centro] estamos trabalhando no perfil das inovações e aumentando o percentual de disrupções e renovações de marcas”, afirmou a executiva.
O centro tem 2.900 metros quadrados e reúne laboratórios que incluem equipamentos sofisticados como sequenciadores de DNA, biorreatores, cromatógrafos gasosos e líquidos e impressoras 3D de pele, afirmaram as executivas, algo que segundo a companhia evita pesquisas com animais.
Andrea afirmou que a Natura trabalha simultaneamente no desenvolvimento de 1.200 produtos por ano, lançando no mercado uma média de 250. Em 2020, a companhia, que também é dona das marcas Avon, Aesop e The Body Shop, lançou 330 produtos, disse ela.
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Questionada se a inauguração do centro poderia sinalizar um avanço da Natura sobre o mercado de dermocosméticos, em que grupos farmacêuticos nacionais como a Hypera têm atuado, a diretora global de pesquisa e desenvolvimento da companhia, Roseli Mello, afirmou: “Podemos assegurar que nosso parque tecnológico e os cientistas que temos aqui estão totalmente capacitados para chegarmos em dermocosméticos”.
Sem mencionar se de fato a Natura tem intenção de ingressar neste mercado, Roseli afirmou que os equipamentos do centro de pesquisa da companhia “são exatamente os mesmos usados pelas indústrias farmacêuticas de ponta. É uma questão de escolha estratégica, mais que qualquer outra coisa”. (Com Reuters)
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