Esse, afinal, é um dos grandes desafios para o envio de pessoas a Marte: com uma viagem de aproximadamente 7 meses de duração, sem contar o tempo de estadia no planeta, como seria possível transportar nutrientes para durar uma expedição inteira?
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“O ambiente de Marte é muito diferente do nosso”, comenta Vitor Campos, diretor de marketing da Puratos Brasil. “Falta de oxigênio, altas concentrações de dióxido de carbono, temperatura média diária de -60°C e tempestades de poeira não são exatamente as condições certas para assar pão ou plantar.”
O pão foi uma escolha estratégica do projeto, por ser um alimento altamente nutritivo e ser consumido ao redor de todo o mundo. Porém, além de trigo, também estão sendo realizados testes com couve e manjericão.
Segundo Campos, o objetivo desses testes é gerar dados para um modelo de inteligência artificial que, então, permitirá chegar às condições ideais de cultivo desses alimentos. Ele destaca que os testes ainda estão em andamento, mas que já foi possível observar resultados significativos, como um aumento de até 190% na produtividade do manjericão, por exemplo.
A equipe responsável pelo projeto conta com 20 cientistas de sete organizações belgas diferentes. Além da Puratos, também há participação das empresas Urban Crop Solutions, Magic Instruments, SCK-Cen e Flanders Food, bem como das universidades Hasselt e de Gante.