Mas, no agronegócio, o hidrogênio verde não é visto apenas como uma saída para os fertilizantes. Seu uso vai além, como o transporte, por exemplo. “O que foi para o mundo a energia nuclear nos últimos 100 anos, é o mesmo que se verá para o hidrogênio verde”, diz Alberto Iván Zakidalski, fundador e sócio do Grupo Aiz, que desenvolve implementos agrícolas e rodoviários, manipuladores, guindastes, máquinas anfíbias, customização de máquinas e operações remotas não tripuladas.
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Mas o que é o hidrogênio verde?
A denominação hidrogênio verde ocorre quando a eletricidade usada na eletrólise da água vem de fontes de energia renováveis como eólica, fotovoltaica e hidrelétrica. De acordo com o superintendente executivo da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2), Gabriel Lassery, o hidrogênio verde (ou renovável) pode também ser obtido por hidroeletricidade e biomassa de rejeito. “Dada a potência agrícola que é o país, há muita disponibilidade de biomassa de rejeito para produção de hidrogênio”, afirmou à Agência Brasil nesta semana. O Brasil também tem locais onde é possível encontrar hidrogênio natural esperando para ser extraído.”
Mas ele lembra também, que o Brasil já utiliza o hidrogênio no refino do petróleo e na produção de fertilizantes, atualmente por meio da extração de combustíveis fósseis, ou seja, fontes não renováveis. É essa realidade que o hidrogênio verde deve mudar. As pesquisas de hidrogênio verde a partir do etanol estão avançadas, segundo estudos da Universidade de São Paulo.
“O Brasil tem imenso potencial para produção de hidrogênio renovável. Em diversas partes do território, seu potencial para produção de energia solar e eólica está entre os maiores do mundo e, frequentemente, são anunciados novos projetos e memorandos de entendimento para produção de energia eólica e solar, tanto offshore [eólicas instaladas no mar] quanto onshore [no continente] com o objetivo de produção de hidrogênio”, afirma Lassery.