A Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês) reduziu drasticamente nesta segunda-feira (22) sua projeção para um superávit global de oferta de açúcar em 2022/23 (outubro-setembro) para 850 mil toneladas, ante 4,15 milhões de toneladas vistas em seu relatório trimestral anterior em fevereiro.
A nova estimativa inclui revisões em regiões-chave como Europa, China, Tailândia e Índia, onde a produção ficou abaixo das expectativas anteriores, situação que levou os preços de referência do açúcar a atingir uma alta de 11 anos recentemente.
A produção global de açúcar é agora vista em 177,36 milhões de toneladas, abaixo dos 180,43 milhões de toneladas anteriormente. O consumo aumentou em 233 mil toneladas, para 176,51 milhões de toneladas.
A ISO ainda não avaliou a nova temporada (2023/24), mas seu diretor-executivo, José Orive, disse durante a New York Sugar Week no início deste mês que há indícios de crescimento da produção total em torno de 2 milhões de toneladas, enquanto o consumo deve crescer 1,2%.
Orive disse que pode haver um excedente de cerca de 2 milhões de toneladas na nova temporada, uma visão que diverge da maioria dos analistas, que veem um déficit.