BlackRock anuncia US$ 250 milhões para projetos climáticos em países em desenvolvimento

Apresentado por
14 de julho de 2021
zhihao/Getty Images

Gestora de ativos pretende apoiar mecanismos de energia e infraestrutura limpos, especialmente em locais da Ásia, América Latina e África

A BlackRock, maior gestora de investimentos no mundo, levantou mais de US$ 250 milhões em compromissos para a CFP (Climate Finance Partnership, na sigla em inglês), organização liderada pelo presidente francês Emmanuel Macron desde setembro de 2018, segundo a Climate Action. O consórcio incluiu 10 investidores globais, incluindo governos e filantrópicos. 

O veículo de financiamento combinado está focado em investir na infraestrutura climática de mercados emergentes, com o objetivo de acelerar a transição global para uma economia de baixo carbono, incluindo a geração de energia renovável e o uso de redes elétricas de emissão ultra-baixa.

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Apresentado na cúpula “One Planet Summit”, o CFP foi criado para atrair investimentos em soluções sustentáveis para mercados emergentes considerados mais vulneráveis ​​aos impactos das mudanças climáticas, como Ásia, América Latina e África.

“Estamos honrados em colaborar com este grupo de organizações dos setores público e privado para levantar o capital necessário para iniciar a transição energética em mercados emergentes”, afirmou o head dos investidores alternativos da BlackRock, Edwin Conway. 

De acordo com a Climate Action, os governos da França, por meio da AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento, na sigla em português), da Alemanha, por meio do KfW Banco de Desenvolvimento, e  do Japão, através do JBIC (Banco do Japão para Cooperação Internacional, na sigla em português), se comprometeram com o CFP, juntamente com o Grantham Environmental Trust e a Quadrivium Foundation. Juntas, as entidades emitiram um total combinado de US$ 112,5 milhões em investimentos. 

Fundos de pensão europeus também garantiram o compromisso, incluindo o Dai-ichi Life Insurance e bancos como o Standard Chartered e o MUFG Bank.

Uma análise feita pela  BNEF (Bloomberg NEF), consultoria de pesquisa especializada no setor sustentável,  mostra que serão necessários cerca de US$ 9 trilhões em investimentos para que os mercados emergentes obtenham dois terços de sua energia de fontes renováveis ​​até 2025. 

Essa transição exigirá ainda mais fluxos de capital institucional em regiões que enfrentam desafios como o crescimento populacional, o aumento da demanda de energia e o início das mudanças climáticas.

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Ainda segundo a Climate Action, entre os focos de investimentos na Ásia, América Latina e África estão a geração de energia renovável, a eficiência na distribuição energética, a melhoria de serviços de transmissão ou armazenamento, e o uso de transportes elétricos ou com emissão ultra-baixa de carbono.  

“Os desafios impostos pelas mudanças climáticas exigem uma forte ação conjunta entre o setor público e privado. É, portanto, com grande orgulho que o Grupo AFD, por meio de sua subsidiária do setor privado PROPARCO, está fazendo parceria com a BlackRock, a maior administradora de ativos do mundo, para acelerar a mobilização de financiamento para o clima ”, disse Remy Rioux, CEO da AFD .

Cerca de US$ 150 bilhões foram investidos em energia limpa nas economias em desenvolvimento no ano passado, de acordo com a nova análise da IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em português). A instituição, no entanto, acredita que para um cenário mundial de emissão zero de carbono, esse número deve chegar a US$ 1 trilhão até 2030. 

Revelado no início do ano passado no Fórum Econômico Mundial, o CFP tem como objetivo levantar um total de US$ 500 milhões para investimentos relacionados ao clima em mercados emergentes.


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