Resumo:
- O número de turistas em busca de vinhos e gastronomia na Itália está em constante crescimento;
- Passeios por rotas de vinho na Toscana já são amplamente conhecidos, mas também há opções surpreendentes nos alpes italianos;
- Conheça as opções disponíveis de tours e hospedagens e sabia um pouco da história de Aosta Valley e South Tyrol.
A Itália tem dezenas de “strada dei vini”, ou, no bom português, rotas de vinho, para satisfazer o crescente número de viajantes que procuram férias focadas na bebida e na gastronomia locais. Entre os passeios gastronômicos e de degustação mais conhecidos, estão os que atravessam a Toscana (o Chiantigiana) e o Piemonte (Strada del Barolo), mas as regiões do extremo norte do país também têm rotas de vinho intrigantes. Em Aosta, que compartilha sua fronteira com a França e a Suíça, e em South Tyrol, adjacente à Áustria e à Suíça, existem vários itinerários surpreendentes, com vinhos feitos a partir de uvas raras ou não encontradas em outras partes da Itália, além de variedades internacionais conhecidas. Além disso, essas regiões são dotadas de paisagens alpinas espetaculares e ótimos centros de esqui.
Aosta Valley
Em Aosta Valley, no noroeste da Itália, as montanhas são grandes, a comida tem um toque francês suave e os vinhos são produzidos a partir de algumas dos vinhedos mais importantes da Europa. Embora muitos não sejam famosos fora da região, os vinhos de Aosta têm uma longa história: a viticultura data do tempo dos romanos e os produtores da bebida, assim como seus colegas do outro lado do país, no Monte Etna, na Sicília, desafiam altas altitudes para produzir safras notáveis. Em Aosta, existem cinco rotas de vinho para percorrer (de 12 a 35 quilômetros), começando no norte, perto do Mont Blanc, e seguindo em direção ao leste e ao sul, para a área de Monte Rosa, local da segunda montanha mais alta (atrás apenas do Mont Blanc).
Em vinícolas e cooperativas de propriedade privada, é possível provar vinhos produzidos a partir de uvas vermelhas nativas, como Fumin, Mayolet e Petit Rouge (também a uva predominante em Torrette), e de Prié Blanc, usada no Blanc de Morgex et de La Salle. Parte da diversão de viajar por Aosta Valley é experimentar a culinária da montanha, que absorveu influências da French Haute-Savoie (Alta Saboia francesa), além de combinar um excelente vinho da região para acompanhar. Sopas saudáveis, como a Seupa à la Vapelenentse, feita com queijo fontina e repolho, prevalecem sobre massas delicadas. E ensopados, como a carbonada de carne, fazem parte de segundas entradas substanciais.
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No menu, você também pode encontrar trutas frescas vindas de lagos e riachos das proximidades, com uma entrada frequentemente preparada com presunto e – de novo – queijo fontina. Graças às pastagens abundantes e à robusta indústria de laticínios, a região também produz uma ótima seleção de queijos. Além do famoso fontina, vale a pena experimentar o cremoso reblec e o Gressoney Toma, um variedade feita de leite de vaca de produção limitada. O tempo de viagem, de carro, entre Courmayeur e Aosta é de apenas meia hora, então você pode tanto aproveitar cada aspecto da rota do vinho quanto fazer outros passeios relacionados ao tema. Se decidir ficar em Courmayeur, a propriedade de luxo Le Massif, inaugurada em dezembro passado, fica perto das lojas da Via Roma. O hotel também administra o La Loge du Massif (restaurante e bar) nas encostas do Plan Checrouit, onde você pode parar para almoçar e apreciar as vistas incríveis.
South Tyrol
A rota do vinho de South Tyrol (Südtiroler Weinstraße, também conhecida como Strada del Vino dell’Alto Adige) percorre cerca de 42 quilômetros das cidades de Nals a Salurn por uma orla montanhosa e paisagem arborizada, e mais de uma dúzia de aldeias de vinho.
Assim como Aosta Valley, a região produz vinhos pelo menos desde a época dos romanos. Durante a Idade Média, os mosteiros continuaram a produzir e a viticultura cresceu sob o domínio austríaco, quando os vinhos da Borgonha e Riesling foram adicionados à mistura local. Pouco mais da metade dos vinhos produzidos por lá são brancos, incluindo o famoso Gewrürztraminer, originário de Tramin (Termeno).
Além de explorar a rota com um passeio pelas aldeias, existem várias trilhas para caminhadas ao longo do caminho, incluindo uma que percorre as vinhas Gewürztraminer perto de Tramin. Também há passeios de bicicleta, como uma excursão por Eppan (Appiano), uma área pontilhada de castelos. São tantas belezas que dá para organizar passeios focados na arquitetura contemporânea das propriedades produtoras de vinhos na região.
A comida tem uma marca germânica, o que não é surpreendente, considerando o longo período da região sob o domínio da família Habsburgo. No caso das massas, experimente o canederli, um tipo de bolinho feito com presunto e queijo, e o Schlutzkrapfen, semelhante ao ravioli, feito com espinafre e recheio de queijo. O speck é a resposta local ao presunto e, normalmente, servido com um queijo da região ou batatas e pão preto. Para petiscar, você encontrará mais pretzels do que foccacia. Além de doces como strudel, as sobremesas mais populares incluem o krapfen, um pastel que geralmente vem com recheio de geleia de frutas, e o strauben, um bolo com licor servido com açúcar em pó e geleia.
Se quiser ficar hospedado por lá, considere o Castel Fragsburg, o menor hotel cinco estrelas da região. Fica a cerca de 15 minutos de carro da vila mais ao norte na rota do vinho, Nals. A área de esqui Meran 2000 também fica a uma curta distância de carro do hotel, enquanto a área de esqui de Oristei está, aproximadamente, a uma hora e 15 minutos. De Bolzano, a estância de esqui Sëlva in Val Gardena pode ser alcançada em cerca de uma hora.
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