Construída entre 1920 e 1921, a residência foi erguida para hospedar o consulado da Coroa Sueca em São Paulo, servindo como lar para o Cônsul-Geral, o Comendador Gustav Stahl. Com 1.500 metros quadrados, a construção também foi utilizada pelo Império do Japão como território consular, passando por momentos turbulentos, incluindo a Segunda Guerra Mundial e o sequestro do então Cônsul-Geral Nobuo Okuchi em 1970, durante a ditadura militar.
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Conhecido da cena cultural, Cavalcanti é vice-presidente da Fiesp e diretor-titular do departamento de infraestrutura da entidade. Ele foi o responsável por produções de teatro musical como “O Homem de La Mancha”, “A Noviça Rebelde” e “Billy Elliott”. Com vontade de ampliar as possibilidades de realização cultural, criou, em 2019, o Instituto Artium, para produzir exposições, atividades culturais, peças teatrais e cursos sobre a área musical e teatral. “O meu desejo é que cada vez mais as empresas compreendam como é importante transformarmos São Paulo, uma cidade que não tem atrativos naturais, em grande polo cultural capaz de atrair o turismo internacional. A vocação da cidade é se tornar o maior polo cultural do hemisfério Sul”, almeja Cavalcanti.
Em 2020, o Instituto chegou a produzir o musical “Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate”, no Teatro Alfa, assim como cursos e oficinas, mas a pandemia interrompeu os planos. A parte educacional foi transferida para o ambiente digital, enquanto o musical teve as sessões canceladas. “O Instituto teve aprovação de um plano de atividade bastante intenso pela Secretaria Especial de Cultura do Governo Federal. Foi com base nele que captamos os recursos para organizar toda esta produção cultural. Evidentemente, fomos atropelados pela pandemia”, lamenta o presidente. O plano de atividade a qual Cavalcanti se refere foi aprovado via Lei Rouanet, com a captação de R$ 25 milhões. Já para a abertura da sede em Higienópolis e todo o restauro exigido pelo Conpresp, Cavalcanti afirma que investiu R$ 1,5 milhão de recursos próprios.
A exposição de inauguração, “Semana de 21”, reúne obras de 18 artistas de diferentes linguagens e mídias. O projeto da exposição não se orienta por um tema determinado, mas o objetivo é mostrar o contraste entre a arte realizada contemporaneamente e a arquitetura do século passado, representada pelo casarão. A curadoria é do fotógrafo e artista plástico Alberto Simon. “Essa casa praticamente sempre teve função pública, mas não era aberta ao público. Dos casarões que ainda permanecem de pé daquela época, poucos foram transformados em centro cultural, com portas abertas à população. É uma enorme satisfação ter esse espaço, com possibilidade de mostrar uma parte da história social, política e arquitetônica do país ao público”, diz o idealizador.
Conheça um pouco da sede do Instituto Artium na galeria a seguir:
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