O dólar recuou mais de 1% ante o real nesta quinta-feira (8), acompanhando alívio no exterior após dados positivos da China terem amenizado preocupações ligadas à guerra comercial entre chineses e norte-americanos. O movimento também foi influenciado pela aprovação da reforma da Previdência na Câmara.
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O dólar recuou 1,21%, a R$ 3,9267 na venda. É o menor valor para o fechamento desde a sexta-feira passada (2), quando a moeda encerrou a R$ 3,8915.
Na máxima deste pregão, a moeda foi a R$ 3,9688 na venda e, na mínima, tocou R$ 3,9201 na venda.
O dólar futuro de maior liquidez perdia cerca de 1,1% neste pregão.
Mercados globais tiveram um pregão mais calmo nesta quinta-feira (7), abandonando um pouco a aversão ao risco após uma redução nas preocupações sobre os atritos entre EUA e China. Mas o real também ganhou um fôlego adicional com a conclusão da aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira.
“O mercado deu uma estressada nesses dias pela guerra comercial e hoje já deu uma acalmada, deu uma estabilizada”, disse o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante, pontuando que houve uma redução do estresse, já que não houve fundamentos concretos para uma melhora propriamente dita.
Segundo ele, a aprovação da reforma da Previdência na Câmara e, especificamente, a rejeição de todos os destaques que poderiam alterar o teor da economia almejada no texto beneficiaram o real neste pregão.
Investidores agora têm no radar o início da tramitação da reforma da Previdência no Senado, onde há a expectativa de que as discussões sejam mais tranquilas do que na Câmara, também sem grandes prejuízos à economia almejada.
Ao receber o texto da PEC das mãos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a Casa irá concluir a tarefa iniciada pela Câmara. Ele lembrou que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que relatará a reforma no Senado, acompanhou a tramitação da PEC na Câmara e que a matéria já vem sendo debatida pelos senadores.
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Do panorama externo, dois fatores colaboraram para amenizar o sentimento de aversão ao risco da véspera. Dados divulgados pela China nesta quinta-feira (8) mostraram que as exportações de julho do país asiático cresceram 3,3% em relação ao ano anterior, enquanto analistas esperavam uma queda de 2%.
Além disso, foi bem vista por agentes a decisão de autoridades chinesas de fixar o valor diário do yuan em um nível mais firme do que muitos esperavam, sinalizando intenção de estabilizar a queda da moeda.
Porém, apesar da melhora neste pregão, investidores reiteram que a volatilidade e a cautela permanecem no mercado.
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