Ray Dalio, bilionário e fundador da empresa de gerenciamento de investimentos Bridgewater Associates, declarou em nota divulgada ontem (10), dois dias depois da eleição presidencial nos Estados Unidos, que o maior fundo de hedge do mundo ainda não tem certeza do que fazer com a vitória de Donald Trump.
“Há mais do que não sabemos do que o que sabemos”, escreveu Dalio em uma carta para um cliente vista pelo site de notícias “Business Insider”. “Nossa suposição é de que o mercado se concentre cada vez mais no que ele será suscetível a fazer e menos no quão sensato ele parece”, afirmou o bilionário.
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Dalio também afirmou que com a vitória de Trump há “um leque significativo e amplo de possibilidades políticas” para considerar – adicionando um deslocamento nas previsões de mercado. “Seria um erro usar a retórica de uma campanha em guias para prováveis políticas. Nós entramos em um período de tempo muito interessante e muito ambíguo.”
A empresa, que vale US$ 150 bilhões, está seguindo diversas áreas que seriam afetadas por Trump, incluindo a reforma regulatória e o Federal Reserve (FED). O mandato da presidente do FED, Janet Yellen, expira em fevereiro de 2018, enquanto outros cargos serão abertos no ano que vem.
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“As apostas aqui são altas”, escreveu Dalio, afirmando que as seleções iriam influenciar a posição do FED sobre a flexibilização quantitativa e da política monetária em geral.
Na última terça-feira (8), antes do resultado da eleição ser liberado, a Bridgewater afirmou aos seus clientes que ela previa uma queda no mercado caso Trump ganhasse o processo eleitoral. As ações realmente caíram, mas elas se recuperaram rapidamente. A média industrial Dow Jones bateu um recorde no início de ontem (10), mesmo com as ações da indústria tecnológica caindo.
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A Bridgewater não especificou um prazo em suas previsões de terça-feira (8), e a última carta da empresa não atualizou essas estimativas.