A balança comercial brasileira encerrou 2017 com superávit recorde de US$ 67 bilhões, bem acima dos US$ 47,683 bilhões de 2016, informou hoje (2) o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Foi o segundo ano seguido em que a balança comercial registrou superávit recorde. Em 2017 , o aumento foi de 40,5% sobre 2016.
A balança comercial demonstrou fôlego após a recessão no biênio 2015-2016 e a lenta recuperação econômica no ano passado. Em agosto, o superávit comercial já havia ultrapassado o saldo de todo o ano de 2016.
O resultado recorde da balança comercial no ano foi marcado tanto por um aumento das exportações quanto das importações.
Em 2017, as exportações superaram em 18,5 % os embarques registrados entre janeiro e dezembro do ano anterior pela média diária. As exportações em 2017 somaram US$ 217,746 bilhões, contra US$ 185,235 bilhões em 2016.
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O aumento foi impulsionado principalmente pelas vendas de produtos básicos (+28,7%), com destaque para a alta de 66,4% do petróleo em bruto.
Já as importações registraram no ano aumento de 10,5% e chegaram a US$ 150,745 bilhões no ano passado sobre US$ 137,552 bilhões em 2016.
O destaque foi a alta de 42,8% nas compras de combustíveis e lubrificantes.
As compras externas de derivados de petróleo saltaram no ano passado, superando 200 milhões de barris, diante da queda da participação de mercado pela Petrobras, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgados na semana passada.
Na pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central junto a uma centena de economistas, a expectativa é de que em 2018 o Brasil registre um superávit comercial menor, de US$ 52,5 bilhões.
Em dezembro do ano passado, o saldo da balança comercial foi de superávit de US$ 4,998 bilhões, com as exportações a US$ 17,595 bilhões e as importações a US$ 12,598 bilhões.