Resumo:
- A trajetória de Joe DeSimone não começou nos negócios e sim no mundo químico;
- Segundo DeSimone, há semelhanças entre a função de professor e empresário;
- Saiba como essa empresa cresceu e como é sua atuação no mundo hoje.
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Joe DeSimone tomou seu próprio caminho em direção ao empreendedorismo. Sua última empresa, a manufatura digital focada em impressão 3D Carbon, busca mudar a forma como as coisas são feitas. Ele montou uma das diretorias mais impressionantes e se uniu a investidores para transformar uma indústria de fabricação de US$ 300 bilhões.
DeSimone recentemente foi convidado do DealMakers Podcast. Durante a entrevista exclusiva, compartilhou como sua equipe trabalha para transformar a forma como o mundo produz as coisas, o processo de captação de recursos, como é construir uma companhia de aproximadamente 500 pessoas em menos de seis anos e outros tópicos.
Da academia ao empreendedorismo
DeSimone nasceu e cresceu nos subúrbios da Filadélfia, nos EUA. No ensino médio, descobriu que tinha talento para a química. Tanto para entender quanto para ensinar.
Ele ingressou na Universidade de Ursinus e depois na Virginia Tech, de onde saiu Ph.D. Seguindo a dica de um conselheiro da faculdade, foi conferir a Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill -um dos dez principais departamentos de química do país.
Se ele ensinasse química orgânica e polímeros, receberia US$ 500 mil e poderia iniciar um programa de pesquisa. Ele foi convencido. Na UNC, ele teve uma carreira altamente bem-sucedida como professor por 25 anos.
DeSimone ensinou química para muitos estudantes e fez mentoria de pesquisadores. Aprendeu que as pessoas possuem formas distintas de aprender. Em sua perspectiva, se você quer ser um ótimo professor, precisa ter responsabilidade para explicar tópicos complicados de forma acessível.
No fim, essa percepção se mostrou importantíssima também para o empreendedorismo. É uma habilidade talentosa tanto ao falar com seus alunos na sala de aula como ao conversar com investidores ou os próprios funcionários. A importância de trazer as pessoas junto a você.
O mundo acadêmico capacitou Joe DeSimone a se dedicar a várias startups interessantes baseadas em suas pesquisas antes de lançar sua empresa mais recente, a Carbon, em 2013.
Sua primeira empresa foi a BioStent. Uma parceria com um cardiologista da Universidade Duke. Eles desenvolveram um stent coronário que é polimérico em vez de metálico. Dissolve-se no corpo depois de 18 meses, uma vez que os vasos sanguíneos voltam a operar por conta própria. A empresa foi adquirida pela Guidant e depois pela Abbott.
Depois, teve a Liquidia Technologies, uma parceria com um dos alunos de PH.D de DeSimone, incluindo Jason Rolland, que trabalha na Carbon hoje em dia. A Liquidia abriu capital no ano passado.
Eles desenvolveram uma tecnologia que propiciou as ferramentas da indústria de computadores a fabricar nanopartículas de precisão. Isso gerou maneiras novas e mais eficazes de fornecer medicamentos para as vias aéreas.
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O negócio se provou valioso na melhoria dos processos de tratamento para doenças como hipertensão arterial pulmonar e na criação de plataformas vacinais de última geração para doenças infecciosas e certos tipos de câncer.
Após passar 25 anos como um membro da UNC, a oportunidade de ir para o Vale do Silício e tomar um novo desafio empresarial era algo que DeSimone não podia deixar passar.
A UNS aceitou que ele tirasse um sabático para prosseguir sua ideia. Isso foi cinco anos atrás.
Da academia ao Vale do Silício
Quando Joe DeSimone trocou a Carolina do Norte pelo Vale do Silício para fundar a Carbon, ele não sabia o que o futuro guardava. A Carbon é hoje uma das principais empresas de manufatura digital do mundo.
Com a base em Redwood City, a missão da empresa é permitir que as companhias façam produtos inovadores que possam ajudar a saúde e bem-estar humano, transformar indústrias e mudar o mundo.
DeSimone lançou a empresa e sua inovadora tecnologia Digital Light Synthesis (DLS) no TED, em 2015. A DLS funde luz e oxigênio para produzir rapidamente produtos a partir de uma grande quantidade de resina. Com a tecnologia DLS, a Carbon está permitindo que empresas como Adidas, Riddell, Ford e Johnson & Johnson criem produtos inovadores em velocidades e volumes nunca antes possíveis, cumprindo, finalmente, a promessa da impressão 3D.
Ele acredita que capacitar as equipes para fazer produtos inovadores e colocá-los no mercado mais rapidamente mudará a maneira como vivemos.
A Carbon descobriu a fórmula para produzir impressões 3D em escala. A indústria de manufatura é um mercado de US$ 12 trilhões e a de polímeros US$ 330 bilhões. Há um enorme potencial para a Carbon liderar a revolução digital na manufatura.
Diferenciar a empresa pela tecnologia, modelo de negócios e equipe
Com uma equipe de aproximadamente 500 funcionários ao redor do mundo, a Carbon também construiu uma time impressionante de membros conselheiros e investidores enquanto levantou US$ 680 milhões no processo de valorização de US$ 2,5 bilhões.
O conselho da Carbon inclui a ex-presidente e CEO da DuPont, Ellen Kullman, o ex-CEO da Ford Motor Company e da divisão de aeronaves da Boeing, Alan Mulally, e Jim Goetz, da Sequoia.
Alguns de seus investidores incluem Sequoia, Google Ventures, GE, Adidas, BMW, Johnson & Johnson e JSR. Eles também têm Fidelity, Baillie Gifford e Madrone Capital Partners, bem como investimentos de fundos soberanos internacionais adicionais.
Storytelling ou discurso publicitário é tudo na arrecadação de recursos, e a Carbon conseguiu dominar isso. Ser capaz de capturar a essência do que você está fazendo em 15 a 20 slides é a chave.
Ingredientes chave para uma companhia de sucesso
Durante a entrevista, DeSimone compartilhou três dos componentes mais importantes para construir uma companhia de sucesso:
1. A importância do IP e da proteção de patente.
2. Construir uma tecnologia altamente diferenciada.
3. Montar uma equipe de pessoas comprometidas, apaixonadas e talentosas.
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