O dólar encerrou em alta contra o real hoje (9), se descolando de seus pares no exterior, em meio a apostas de mais cortes na taxa básica de juros, após dados mostrarem deflação ao consumidor brasileiro em setembro pela primeira vez em 10 meses.
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O dólar à vista subiu 0,29% nesta quarta, a R$ 4,1037 na venda. No início do pregão, a moeda norte-americana chegou a tocar R$ 4,0621 na mínima intradia, antes de passar a subir. Na B3, o dólar futuro tinha valorização de 0,22%, a R$ 4,1100.
O Brasil registrou deflação em setembro pela primeira vez em 10 meses, no resultado mais fraco para o IPCA no mês em 21 anos e indo abaixo de 3% no acumulado em 12 meses.
O dado reforçou a aposta de mais cortes na Selic e impulsionou o dólar, uma vez que uma nova redução da taxa básica de juros pode piorar a relação risco/retorno de aplicações na renda fixa doméstica, potencialmente limitando a oferta de dólar no país.
Segundo analistas da Correparti Corretora, “em função deste sentimento, investidores e tesourarias de bancos partiram para um movimento de recomposição de posições em dólar, o que levou a moeda norte-americana a transitar novamente acima da casa dos R$ 4,10”.
No exterior, o dólar registrava queda contra o iene, refletindo maior apetite por risco por parte dos investidores. O sentimento no mercado sofreu uma melhora, em meio a esperanças de uma solução amigável para a guerra comercial entre Estados Unidos e China, depois de uma notícia de que Pequim ainda está aberta a fechar um acordo comercial parcial com Washington.
O vice-premiê chinês, Liu He, chegará esta semana a Washington para negociações comerciais de alto nível. Ele vai se encontrar com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e com o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, na quinta-feira (10).
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