- A Vult Cosméticos foi comprada pelo grupo Boticário em julho deste ano;
- A fundadora da empresa, Dani Cruz, falou no palco FORBES Mulher, durante a São Paulo Tech Week
- Segundo ela, uma marca deve estar em constante evolução para manter os clientes fiéis aos produtos.
“As pessoas veem empresas que lideram o mercado e acham que elas iniciaram grandes e com muitas fortunas. Eu e meu sócio começamos com empréstimo e com mais dois funcionários”, disse Dani Cruz, fundadora da Vult Cosméticos, durante seu painel no palco FORBES Mulher, que aconteceu durante a São Paulo Tech Week.
A empreendedora vendeu sua empresa para o grupo Boticário em julho de 2019. “Entendendo a nossa posição no mercado de de ser a maior das pequenas e a menor dos grandes, sabíamos das concorrências. Éramos muito abordados e estávamos esperando o momento certo”, contextualizou a fundadora sobre a venda. Hoje, Dani atua como conselheira na companhia.
Sua marca começou em um imóvel residencial em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, mas para a empresária, isso não era motivo pra imprudência. “Uma das principais coisas para dar certo é começar direito. Não só entender o mercado e os clientes que você quer atingir. Começamos em uma casinha, mas ali dentro seguíamos todas as normas da Anvisa”, contou.
Dani disse também que ter um sócio e parceiros que falem a mesma linguagem é crucial para os primeiros passos de um negócio. Ter valores e propósitos iguais “é uma tranquilidade dentro da sociedade. Não é quem tem mais dinheiro, mas quem é que vai agregar e dar segurança”, ressaltou a fundadora da Vult.
Para alavancar sua empresa, a empreendedora ressaltou que o respeito deve ser o principal norte, tanto com os funcionários quanto com os consumidores. “Não existe cliente bom ou cliente ruim, mas aquele que vai dar vida a sua marca”, comentou.
Paralelamente a esses fatores, a empresária destacou a importância da constante reinvenção. Em seus produtos, a borboleta logo da empresa não aparecia apenas na embalagem, mas também no batom mesmo, por exemplo. “Se você não inova, é mais um no mercado. Isso não quer dizer inventar a roda, mas, sim, inovar esse processo, a forma do engajamento e como ela vai rodar”, disse Dani.
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“Busquei também embalagens de fora do país. Ia custar um pouco mais caro, mas quando se agrega valor ao seu produto e sua marca, você não está cobrando mais caro, as pessoas enxergam e percebem”, afirmou a empreendedora. Para ela, quando o cliente não vê os valores e propósitos por trás do produto, não se fideliza.
“Empresa nenhuma vai ser grande se não pensar em todos os aspectos de sustentabilidade econômica, social e ambiental”, disse Dani para reforçar que as companhias devem ter diversas participações. Como exemplo, citou os cursos profissionalizantes de maquiagem patrocinados pela Vult nas periferias do Brasil, apoio ao esporte e também a parceria com o projeto Laramara, que ensina mulheres de baixa visão e cegas a se maquiarem.
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